|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Factoring pode "ajudar" pequenas com até R$ 90 bi
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o cancelamento das linhas de crédito nos principais
bancos do país, pequenas e médias empresas estão recorrendo ao factoring para conseguir
levantar capital de giro e honrar seus compromissos com
funcionários e fornecedores.
Estimativas conservadoras
da Anfac, associação que reúne
700 empresas de factoring, indicam que elas devem injetar
R$ 82,5 bilhões no caixa das
companhias neste ano, contra
os R$ 71,5 bilhões liberados no
ano passado. "É possível que
cheguemos a R$ 90 bilhões devido ao empoçamento de liquidez", afirma Luiz Lemos Leite,
presidente da Anfac.
Segundo ele, empoçamento
de liquidez é o termo usado
atualmente para definir a concentração de crédito bancário
para grandes empresas.
"Antes, elas obtinham dinheiro na Bolsa de Valores ou
captando recursos no exterior",
diz Leite. "Como estão com dificuldades lá fora, passaram a
ter prioridade nos bancos, que
cortaram as linhas de financiamento para os pequenos e médios empresários."
Uma factoring não é uma instituição financeira, apesar de,
na prática, emprestar dinheiro
às empresas. Quando uma delas precisa de recursos, emite
duplicatas lastreadas nas vendas realizadas a prazo. A factoring compra esses títulos à vista
e presta assessoria financeira à
empresa, cobrando uma comissão pelo serviço. Os contratos
podem ser feitos apenas entre
pessoas jurídicas.
Indústrias que precisam de
recursos consideram, entretanto, que essas taxas são muito
elevadas. Há quem aponte a
existência de factoring que empresta mediante garantias como veículos e cheques. "Isso é
agiotagem", diz Leite.
"O que essa turma faz prejudica a imagem do setor, que,
num momento de crise, pode
financiar as pequenas e médias
em dificuldades."
(JW)
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Turbulência já faz cliente renegociar compra de imóvel Índice
|