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ETERNO REGRESSO
País só usaria recursos em caso de crise que afete financiamento
Governo diz que acordo é preventivo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo brasileiro diz que o
novo acordo com o FMI (Fundo
Monetário Internacional) é um
"acordo preventivo", a ser usado
pelo país no caso de eventuais crises. Pelo entendimento, o país terá direito a tomar um empréstimo
de até US$ 14,8 bilhões.
Em tese, o Brasil não precisaria
desses recursos para equilibrar
suas contas em 2004. Segundo estimativa do BC, o país precisará
de US$ 44,6 bilhões para fechar as
contas externas no ano que vem.
Esse dinheiro viria, em sua totalidade, de empréstimos externos e
investimentos estrangeiros -os
empréstimos do FMI não foram
considerados.
O governo diz, porém, que uma
crise internacional poderia afetar
o fluxo de capital externo para o
Brasil. Assim, seria importante
para contar com a possibilidade
de receber os dólares do FMI.
Além disso, a economia brasileira
ainda possui vulnerabilidades,
como apontou o próprio Fundo
em documento divulgado ontem.
As reservas em moeda estrangeira do país, que oscilam em torno de US$ 17 bilhões, ainda são
consideradas baixas pelo FMI. O
próprio secretário-executivo do
Ministério da Fazenda, Bernardo
Appy, diz que nenhum país do
mundo está imune a crises. "Se
estivéssemos imunes [a crises],
não seria necessária a prorrogação do acordo [com o FMI]."
Antes de o governo anunciar a
prorrogação do acordo, alguns
economistas defenderam a não-renovação do acordo, sob o argumento de que o gesto daria um sinal positivo para os mercados,
desde que o governo brasileiro
mantivesse o compromisso com
o rigor fiscal.
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