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São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 2003

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ETERNO REGRESSO

País só usaria recursos em caso de crise que afete financiamento

Governo diz que acordo é preventivo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo brasileiro diz que o novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) é um "acordo preventivo", a ser usado pelo país no caso de eventuais crises. Pelo entendimento, o país terá direito a tomar um empréstimo de até US$ 14,8 bilhões.
Em tese, o Brasil não precisaria desses recursos para equilibrar suas contas em 2004. Segundo estimativa do BC, o país precisará de US$ 44,6 bilhões para fechar as contas externas no ano que vem. Esse dinheiro viria, em sua totalidade, de empréstimos externos e investimentos estrangeiros -os empréstimos do FMI não foram considerados.
O governo diz, porém, que uma crise internacional poderia afetar o fluxo de capital externo para o Brasil. Assim, seria importante para contar com a possibilidade de receber os dólares do FMI. Além disso, a economia brasileira ainda possui vulnerabilidades, como apontou o próprio Fundo em documento divulgado ontem.
As reservas em moeda estrangeira do país, que oscilam em torno de US$ 17 bilhões, ainda são consideradas baixas pelo FMI. O próprio secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernardo Appy, diz que nenhum país do mundo está imune a crises. "Se estivéssemos imunes [a crises], não seria necessária a prorrogação do acordo [com o FMI]."
Antes de o governo anunciar a prorrogação do acordo, alguns economistas defenderam a não-renovação do acordo, sob o argumento de que o gesto daria um sinal positivo para os mercados, desde que o governo brasileiro mantivesse o compromisso com o rigor fiscal.


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