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São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 2003

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Prisão de Saddam não gera euforia

Toshifiumi Kitamura/France Presse
Executivo japonês diante do painel eletrônico de uma corretora; a Bolsa de Tóquio subiu 3,16%


DA REDAÇÃO

A captura de Saddam Hussein não causou euforia nos mercados financeiros internacionais. A maioria das principais Bolsas abriu o dia em alta, mas não sustentou o ritmo. O petróleo, que tinha começado o dia em queda, encerrou em alta nos EUA, e o dólar voltou a perder valor ante o euro e outras moedas.
Ainda assim, segundo os analistas, a prisão do ex-ditador iraquiano deverá revigorar a confiança dos investidores, por causa da provável diminuição da instabilidade no Iraque. Mas isso não evitou que as Bolsas americanas fechassem o dia em ligeira queda.
"A captura dará confiança aos consumidores, o que é muito importante com a aproximação dos feriados de fim de ano", disse Phil Flynn, vice-presidente da corretora Alaron Trading.
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York perdeu 0,19% e por pouco não voltou a ficar abaixo de 10 mil pontos. Na sexta-feira, o índice havia fechado acima dessa marca pela primeira vez em quase 19 meses. A Bolsa de Tóquio foi uma das únicas que teve ganho expressivo -alta de 3,16%. Londres fechou estável, e a Bolsa de Frankfurt subiu 0,4%.
Já o barril do petróleo encerrou o dia negociado a US$ 33,18 em Nova York. "Para o mercado, a prisão de Saddam não trará mais petróleo iraquiano imediatamente", disse Nauman Barakat, da corretora Refco.
O euro chegou a ser negociado a US$ 1,2323, o maior valor que a moeda européia já alcançou. Pesou para isso o fato de os EUA estarem recebendo menos investimentos externos do que precisam, como demostrou relatório do Departamento do Tesouro.
Em outubro, as compras líquidas de ações e títulos feitos por estrangeiros foram de US$ 27,7 bilhões. Houve uma recuperação ante os US$ 4,2 bilhões do mês anterior, mas o valor não cobre o déficit em conta corrente dos EUA, acima de US$ 45 bilhões ao mês.

Com agências internacionais


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