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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Indústria de SP vai se retrair em 6,3%, diz Iedi
Se a queda na atividade econômica na indústria paulista ficou abaixo da média nacional
em outubro, a retração em novembro pode vir em dobro. A
análise é do Iedi (Instituto de
Estudos para o Desenvolvimento Industrial), que espera
uma retração de 6,3% em novembro na atividade industrial
em São Paulo em relação ao
mesmo mês do ano passado.
Os dados do IBGE divulgados
no início deste mês mostraram
uma queda de 1,7% na produção industrial nacional em outubro. E de 0,2% no Estado de
São Paulo.
"O que não veio em outubro
para a indústria paulista devido
ao crescimento inusitado da
produção nos segmentos farmacêutico e de equipamentos
de transporte (aviões) poderá
vir em "dose dupla" em novembro", afirma o Iedi na análise de
conjuntura "Efeitos da Crise
em Dose Dupla".
A conclusão do Iedi levou em
consideração um levantamento feito em uma série de dados
econômicos recém-divulgados.
Um deles foi a queda de 6,0%
em novembro na produção industrial do Estado registrada
pelo SPI (Sinalizador da Produção Industrial), da FGV (Fundação Getulio Vargas). Outro
foi a retração de 29,5% no número de veículos produzidos
em novembro em relação a outubro, divulgada pela Anfavea.
O Iedi também citou os indicadores da ACSP (Associação
Comercial de São Paulo), que
mostram um recuo de 0,8% nas
consultas ao sistema Usecheques em novembro em relação
ao mesmo mês do ano passado.
Já os dados do ONS (Operador
Nacional do Sistema Elétrico)
apontaram uma queda no consumo de energia no último mês
-de 52.861 MW em outubro
para 51.898 MW em novembro.
"Se os dados de outubro já
mostraram uma queda generalizada da atividade industrial,
que só não foi pior porque a crise não chegou ao Estado paulista como em outras regiões, o
quadro para o mês de novembro poderá ser mais adverso",
afirma o Iedi, em sua análise.
Sobe o preço da cerveja nos supermercados
A AmBev ganhou a queda-de-braço com os supermercados. Na semana passada, a
companhia aumentou em
5,4% o preço da lata da cerveja vendida nas prateleiras
dos supermercados. Os varejistas não resistiram à pressão da cervejaria, que detém
mais de 65% de participação
no mercado. O preço subiu
de R$ 1,05 para R$ 1,12.
A AmBev alega que, em 12
meses, a inflação acumula
uma alta de 6,3%, enquanto o
aumento no preço do produto foi de 5,4%. Além disso, a
cervejaria argumenta que o
supermercado representa
25% das vendas de cerveja. O
bar ainda responde por mais
de 70% do consumo da bebida no país, e o preço da cerveja em garrafa não aumentou.
Desde setembro, com a alta súbita do dólar, diversos
setores da indústria e os supermercados travaram uma
forte queda-de-braço para
tentar repassar para os preços esse efeito do câmbio.
Até a semana passada, o varejo tinha conseguido vencer
a disputa. O argumento da
crise internacional e da
ameaça de freio no consumo
falavam mais alto.
A AmBev foi a primeira
grande empresa a conseguir
furar essa barreira.
NO VERMELHO
A demanda por operações de reestruturação de dívidas do escritório de advocacia Lefosse dobrou com a
crise econômica. Segundo José Eduardo Manassero,
sócio do Lefosse, o escritório está envolvido em operações que somam R$ 5 bilhões, a maioria delas de credores de empresas do setor de açúcar e álcool. "É um
setor que está em dificuldade. O preço das commodities caiu e os empresários dependem de crédito."
NOS TRILHOS
O executivo Damião Moreno, presidente da Invepar-OAS, foi o grande articulador da venda do Metrô Rio,
um consórcio que reúne a
empreiteira baiana e os fundos de pensão. Moreno é o
nome mais cotado para presidir a nova companhia. O
Citigroup, que deixou o negócio, não tem muito o que
reclamar: a valorização, entre fevereiro de 1998 até agora, é da ordem de 1.100%.
CÂMERA NA MÃO
O Fórum Econômico
Mundial acaba de lançar o
"Davos Debates", no YouTube, convidando os internautas a debater questões políticas e econômicas atuais. O responsável pelo melhor vídeo será convidado para
participar da reunião anual
em Davos, de 28 de janeiro a
1º de fevereiro.
MONTANHA RUSSA
A soma da receita gerada
pelas 520 empresas em operação nos parques tecnológicos do Brasil chega a
R$ 1,68 bilhão. Os dados são
de levantamento da Anprotec (Associação Nacional das
Entidades Promotoras de
Empreendimentos Inovadores), que será apresentado hoje ao Ministério da
Ciência e Tecnologia.
VIROU MODA
Mais um acionista volta ao
comando da sua empresa.
Walter Torre Junior e Paulo
Remy, da WTorre, vão reassumir o manche da companhia. Marco Antonio Bologna, ex-presidente da TAM e
hoje o principal executivo da
construtura, deixa o grupo
no dia 23. Ele assumiu o cargo em fevereiro deste ano.
Outras empresas fizeram o
mesmo: Pão de Açúcar, Sadia e Schincariol.
SOCIAL
O Itaú anuncia hoje as 25
organizações sociais, de 11
Estados, que receberão recursos do Fundo Itaú Excelência Social. As instituições, que atuam em educação infantil, ambiental ou
para o trabalho, receberão
ao todo R$ 5,4 milhões para
suas ações. O valor equivale
à metade da taxa de administração do fundo, apurada
entre julho do ano passado e
junho de 2008. Cada instituição receberá de R$ 145
mil a R$ 250 mil.
POSSE
A senadora Kátia Abreu
(DEM-TO) assume hoje a
presidência da diretoria da
CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)
para o triênio de 2008 a
2011.
ALTA: PROTESTOS DE TÍTULOS REGISTRAM CRESCIMENTO DE 7,53% EM SÃO PAULO
Os protestos de títulos tiveram alta de 7,53% em novembro em São Paulo. Foram protestados 71.176 títulos em novembro contra os 66.191 de outubro, segundo pesquisa do
Instituto de Estudos de Protesto de Títulos da Seção São
Paulo junto aos dez tabeliães de protesto da capital. Dos títulos protestados, somente 16,53% foram cheques. As duplicatas bateram recorde: 47.423 contra 39.908 em outubro.
MODA NA CAMA
Carlos Alberto Soares, diretor de marketing da Buddemeyer, de cama, mesa e banho, que agora investe em moda para roupa de cama; para sua nova coleção de colchas e lençóis, fechou contrato com Renata Americano, designer que cria estampas para grifes nacionais; a idéia é fazer com que a roupa de cama entre na decoração com o apego do vestuário pessoal
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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