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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Dilma reclama maior inclusão de países na COP-15
Diplomatas, não só do Brasil,
comentavam ontem em Copenhague que as críticas da ministra Dilma Rousseff e de ministros da China, Índia e de alguns países africanos a Connie
Hedegaard, presidente da
COP-15, deixaram-na acuada e
com necessidade de mostrar
transparência.
Anteontem, representantes
daqueles países, tendo à frente
a ministra Dilma, chefe da delegação do Brasil, tiveram uma
dura reunião com a dinamarquesa Hedegaard.
Em uma mesa com apenas 15
pessoas em uma pequena sala
do Bella Center, a ministra brasileira foi a primeira a falar.
Pedindo licença para falar
em português, apesar de saber
corrigir a intérprete, Dilma iniciou falando em nome dos representantes de países em desenvolvimento ali presentes.
"Queremos o sucesso dessa
reunião", afirmou. E pediu que
se voltasse a discutir o Protocolo de Kyoto e que houvesse participação no esboço final.
"O documento que será submetido a nossos presidentes e
primeiros-ministros não pode
ser obra acabada de que não tenhamos discussão antecipada",
disse. "Não pode", corrigiu a
ministra, quando a tradutora
alterou suas palavras.
Com firmeza, e sempre com
o mesmo tom de voz, Dilma
acrescentou que "não queremos que haja problemas, como
boicote, que ameace esta conferência".
"Reiteramos que desejamos
sucesso da conferência e, para
isso, deve-se assegurar participação efetiva, com transparência e inclusão, seja na discussão
e também na elaboração a ser
entregue a nossos chefes de Estado. Essas condições interessam a nossas conveniências individuais e vão interessar também à direção da conferência,
ok?", disse a ministra.
Ao encerrar, Dilma pediu aos
colegas que se manifestassem
se tivessem observações.
Connie Hedegaard respondeu que "toda a proposta é garantir inclusão e transparência.
Não tenho interesse em não
consultar vocês".
O representante da Índia
quase se exaltou. "Não tenho
mandato para transferir a você
a responsabilidade de fazer o
acordo", disse.
"Queremos ser parte do esboço final", retrucou um dos
africanos.
"Reiteramos que
desejamos sucesso da
conferência e, para isso,
deve-se assegurar
participação efetiva,
com transparência e
inclusão, seja na
discussão e também na
elaboração a ser
entregue a nossos
chefes de Estado"
VENTO SEGURO
O primeiro leilão específico para energia eólica
no Brasil, realizado na última segunda-feira, deve
aquecer o mercado de seguros no país, segundo a
corretora Marsh.
A empresa estima que o
resultado do leilão poderá
contribuir para triplicar a
sua carteira de seguros
para a construção de parques eólicos.
A Marsh atualmente é
responsável pela estruturação dos programas de
seguros de cerca de dez
plantas em operação e
construção nas regiões
Norte e Sul.
Ainda incipiente, a
energia eólica representa
hoje 2% da carteira da
corretora no segmento de
energia.
Com os novos parques,
a modalidade deverá alcançar 6% de participação
até o final do próximo
ano, de acordo com Marcelo Elias, diretor de infraestrutura da empresa.
Previdência privada cresce 18% no ano até outubro
O mercado de previdência
privada começou 2009 preocupado, mas deve fechar o ano
otimista. A opinião é de Marco
Antônio Rossi, novo presidente
da Fenaprevi, entidade que
reúne empresas do setor.
Com captação de R$ 29,5 bilhões de janeiro a outubro, o
mercado cresceu 18% ante o
mesmo período de 2008. "Esperamos fechar o ano com 20%
de alta", diz Rossi.
O aquecimento foi puxado
pelo VGBL. O tipo de plano que
mais cresceu foi o individual,
contratado por pessoas físicas.
O resultado só não foi melhor
devido ao desempenho dos planos empresarias. As demissões
provocadas pela crise contribuíram para a redução nas contribuições para a previdência.
"Além disso, muitas empresas acabaram adiando a decisão
da aquisição de novos produtos
ou novos investimentos, de
conceder novos benefícios a
seus funcionários", segundo o
presidente da Fenaprevi.
No acumulado deste ano, o
plano empresarial alcançou R$
3,6 bilhões, uma evolução de
apenas 1,7% na comparação
com o resultado do mesmo período do ano passado.
CEREJA DO BOLO
As frutas frescas, normalmente mais demandadas no
período do Ano Novo, passaram a ser muito procuradas
na primeira quinzena deste
mês, segundo o Walmart.
Nos primeiros 14 dias, a rede
teve crescimento de mais de
50% no volume de vendas de
cerejas ante o mesmo período do ano passado.
TETO
O SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), que opera com recursos das cadernetas de poupança, deve bater o recorde
de R$ 32 bilhões e cerca de
310 mil unidades financiadas em empréstimos para
compra da casa própria neste ano, segundo Luiz Antonio França, que foi reeleito
presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e
Poupança).
MACA
A Federação Brasileira de
Hospitais, que representa
4.775 instituições de pequeno e médio porte que destinam um percentual de seus
leitos ao SUS, fechou parceria com a operadora Gama
Saúde, que reúne 16 mil médicos. A união formou a Rede FBH Gama Saúde, que
pretende aumentar o atendimento privado de hospitais associados.
INVESTIMENTO
O investimento da Fundação Telefônica cresceu de
R$ 16 milhões em 2008 para
R$ 20 milhões neste ano. O
programa Pró-Menino fechou o ano com 10.800
crianças e adolescentes
atendidos no Estado de São
Paulo. A meta inicial era alcançar a marca dos 10 mil
beneficiados.
PASSAGEM
O portal de comparação de preços Zura! fechou parceria
com o buscador de viagens Mundi, para criar o canal Zura!
Turismo, que analisa preços de hospedagens e passagens aéreas.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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