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Justiça dá à União a posse da rede de fibras óticas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo conseguiu na Justiça, por meio de liminar, a posse da rede de fibras óticas da
Eletronet. A decisão, embora
não seja definitiva, dá força ao
plano de universalização do uso
de banda larga por meio de uma
estatal que irá ofertar, no atacado, acesso à sua rede e fomentar a competição no setor.
O governo deve retomar as
discussões sobre o assunto na
segunda semana de janeiro.
A Eletronet foi criada em
1999 e, inicialmente, era uma
empresa com capital majoritariamente privado (grupo AES).
O governo, por meio das estatais do setor elétrico, era sócio
minoritário. A ideia do negócio
era fornecer transporte de dados em alta velocidade por
meio da rede de fibras óticas
instalada nas linhas de transmissão do setor elétrico.
O negócio não deu certo, a
AES saiu e a empresa entrou
em processo de "falência continuada" (continua prestando
serviços para os clientes que já
tinham contrato) em 2003.
Desde então, o governo vem
tentando, na Justiça, conseguir
a posse das redes de fibra. O entendimento que vinha prevalecendo, no entanto, era que as fibras óticas pertenciam à massa
falida e poderiam ser usadas
para pagar os credores.
Com a liberação das fibras, a
proposta de o governo criar
uma estatal para gerenciar essa
rede ficou fortalecida.
O plano não é a estatal fornecer diretamente, mas criar um
sistema no qual pequenos empresários locais possam obter
uma espécie de "franquia" do
governo para oferecer acesso à
internet em alta velocidade nos
locais onde hoje as atuais operadoras não oferecem o serviço.
Nos locais onde esse serviço
já é oferecido pelas operadoras
de telefonia fixa, móvel e de TV
paga, a entrada do governo deverá fomentar a competição.
O plano é ofertar, para empresas que ainda não estão no
mercado, o acesso às fibras óticas. Dessa forma, essas empresas poderiam oferecer, ao consumidor final, acesso à internet
em alta velocidade.
Os técnicos do governo vinham desenhando um projeto
que alcançaria cerca de 3.700
dos 5.561 municípios.
Para desenvolver essa etapa,
o governo avalia que seria necessário um investimento da
ordem de R$ 2 bilhões.
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