São Paulo, quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

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Em pregão de poucos negócios, Bolsa recua 0,06%

Inflação decepciona nos EUA; dólar vai a R$ 1,754

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Relevantes dados da economia norte-americana conhecidos ontem não conseguiram animar o mercado financeiro, que teve um dia de perdas pelo mundo. A Bovespa encerrou o pregão com recuo de 0,06%, enquanto o dólar subiu para R$ 1,754 (alta de 0,57%).
Sem notícias empolgantes, o volume negociado na Bovespa caiu ainda mais, tendo ficado em R$ 4,68 bilhões ontem -quase 30% abaixo da média diária do mês. A ação da Natura se destacou no dia e liderou as altas do Ibovespa, com valorização de 3,7%.
O resultado da produção industrial dos Estados Unidos, que aumentou 0,8% em novembro, não surpreendeu. Em Wall Street, o índice acionário Dow Jones registrou baixa de 0,47%. A Bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,50%.
Além dos números da indústria, houve a apresentação de dados de inflação, que subiram mais que o esperado. O PPI (índice de preços ao produtor dos EUA) marcou alta de 1,8%, ante previsões de elevação de 0,8%.
No fim de semana, Alan Greenspan, ex-presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), alertou para os riscos de inflação no país, decorrentes das medidas de estímulo econômico tomadas pelo governo durante o pior da crise.
Em Londres, a Bolsa encerrou com depreciação de 0,56%.

Fed decide juros
Hoje as atenções também estarão voltadas aos EUA. Por lá, ocorre a última reunião do Fed de 2009. O mercado espera que na nota emitida após o encontro os dirigentes do Fomc -comitê do Fed que define a taxa básica- deem sinais de quando os juros começarão a subir na maior economia do planeta.
"O Fomc deve manter a taxa básica de juros inalterada no intervalo de zero a 0,25% ao ano. Além disso, espera-se que reitere que as condições econômicas, incluindo a baixa taxa de utilização dos fatores produtivos e a inflação corrente, devem garantir baixos níveis das taxas por um período extenso", diz Elson Teles, economista-chefe da corretora Concórdia.
Antes do término da reunião do Fomc, programada para a tarde de hoje, o mercado irá conhecer o CPI (índice de inflação ao consumidor). Após a decepção de ontem, o mercado espera com mais ansiedade o resultado do CPI.


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