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Em pregão de poucos negócios, Bolsa recua 0,06%
Inflação decepciona nos
EUA; dólar vai a R$ 1,754
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Relevantes dados da economia norte-americana conhecidos ontem não conseguiram
animar o mercado financeiro,
que teve um dia de perdas pelo
mundo. A Bovespa encerrou o
pregão com recuo de 0,06%,
enquanto o dólar subiu para R$
1,754 (alta de 0,57%).
Sem notícias empolgantes, o
volume negociado na Bovespa
caiu ainda mais, tendo ficado
em R$ 4,68 bilhões ontem
-quase 30% abaixo da média
diária do mês. A ação da Natura
se destacou no dia e liderou as
altas do Ibovespa, com valorização de 3,7%.
O resultado da produção industrial dos Estados Unidos,
que aumentou 0,8% em novembro, não surpreendeu. Em
Wall Street, o índice acionário
Dow Jones registrou baixa de
0,47%. A Bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 0,50%.
Além dos números da indústria, houve a apresentação de
dados de inflação, que subiram
mais que o esperado. O PPI (índice de preços ao produtor dos
EUA) marcou alta de 1,8%, ante
previsões de elevação de 0,8%.
No fim de semana, Alan
Greenspan, ex-presidente do
Fed (Federal Reserve, o banco
central dos EUA), alertou para
os riscos de inflação no país, decorrentes das medidas de estímulo econômico tomadas pelo
governo durante o pior da crise.
Em Londres, a Bolsa encerrou com depreciação de 0,56%.
Fed decide juros
Hoje as atenções também estarão voltadas aos EUA. Por lá,
ocorre a última reunião do Fed
de 2009. O mercado espera que
na nota emitida após o encontro os dirigentes do Fomc -comitê do Fed que define a taxa
básica- deem sinais de quando
os juros começarão a subir na
maior economia do planeta.
"O Fomc deve manter a taxa
básica de juros inalterada no
intervalo de zero a 0,25% ao
ano. Além disso, espera-se que
reitere que as condições econômicas, incluindo a baixa taxa de
utilização dos fatores produtivos e a inflação corrente, devem garantir baixos níveis das
taxas por um período extenso",
diz Elson Teles, economista-chefe da corretora Concórdia.
Antes do término da reunião
do Fomc, programada para a
tarde de hoje, o mercado irá conhecer o CPI (índice de inflação ao consumidor). Após a decepção de ontem, o mercado
espera com mais ansiedade o
resultado do CPI.
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