São Paulo, sábado, 17 de janeiro de 1998.



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Malan descarta 'protecionismo generalizado'

da Sucursal do Rio

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem que o governo brasileiro não tomará "nenhuma medida protecionista generalizada" para defender o mercado do país de uma eventual invasão de produtos de países asiáticos.
A possibilidade dessa "invasão" de produtos de países que desvalorizaram fortemente suas moedas, como Coréia do Sul, Tailândia, Indonésia e Malásia, tornando-se mais competitivos internacionalmente, foi levantada pela AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil).
Malan disse que o máximo que o governo fará será examinar os casos "bem documentados" de concorrência desleal que lhe sejam apresentados. Com base na documentação, ele decidirá sobre a adoção de eventuais medidas de salvaguarda.

OMC
O Brasil poderá entrar com queixa formal na OMC (Organização Mundial de Comércio) contra os Estados Unidos se, até o fim de fevereiro, as barreiras impostas aos produtos siderúrgicos brasileiros não tiverem sido solucionadas.
A informação foi dada ontem pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, que, como Malan, foi ao Rio para a 82ª Assembléia Anual da Câmara de Comércio Americana, realizada na Bolsa de Valores do Rio.
Lampreia disse que a Justiça norte-americana tem até fevereiro para concluir a revisão dos processos contra os produtos siderúrgicos. Os norte-americanos acusam o país de praticar dumping (proteção que viabiliza o lançamento dos produtos a preço abaixo do praticado pelo mercado) no setor.
"Se nada mudar, não teremos outra solução", afirmou o ministro.



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