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Malan descarta 'protecionismo generalizado'
da Sucursal do Rio
O ministro da Fazenda, Pedro
Malan, disse ontem que o governo
brasileiro não tomará "nenhuma
medida protecionista generalizada" para defender o mercado do
país de uma eventual invasão de
produtos de países asiáticos.
A possibilidade dessa "invasão"
de produtos de países que desvalorizaram fortemente suas moedas,
como Coréia do Sul, Tailândia, Indonésia e Malásia, tornando-se
mais competitivos internacionalmente, foi levantada pela AEB (Associação de Comércio Exterior do
Brasil).
Malan disse que o máximo que o
governo fará será examinar os casos "bem documentados" de concorrência desleal que lhe sejam
apresentados. Com base na documentação, ele decidirá sobre a
adoção de eventuais medidas de
salvaguarda.
OMC
O Brasil poderá entrar com queixa formal na OMC (Organização
Mundial de Comércio) contra os
Estados Unidos se, até o fim de fevereiro, as barreiras impostas aos
produtos siderúrgicos brasileiros
não tiverem sido solucionadas.
A informação foi dada ontem pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Felipe Lampreia, que, como Malan, foi ao Rio para a 82ª Assembléia Anual da Câmara de Comércio Americana, realizada na
Bolsa de Valores do Rio.
Lampreia disse que a Justiça norte-americana tem até fevereiro para concluir a revisão dos processos
contra os produtos siderúrgicos.
Os norte-americanos acusam o
país de praticar dumping (proteção que viabiliza o lançamento dos
produtos a preço abaixo do praticado pelo mercado) no setor.
"Se nada mudar, não teremos
outra solução", afirmou o ministro.
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