DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Brasil Telecom deverá começar a operar serviço de longa distância em todo o país até o final do mês. Hoje, a operadora só faz ligações de longa distância dentro da sua área de concessão -regiões Sul, Centro-Oeste, mais Tocantins, Rondônia e Acre.
A partir de abril, a empresa deverá oferecer também telefonia celular nessas regiões. Os investimentos estimados são de US$ 300 milhões até 2005.
A operadora de telefonia fixa poderá oferecer esses serviços porque a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou, na última quinta-feira, em decisão unânime, o documento que certifica que a operadora cumpriu suas metas de universalização -quantidade de telefones instalados de acordo com critérios como tamanho da localidade.
Desde que a empresa entregou à Anatel documento no qual informava ter cumprido tais metas, a agência vinha fiscalizando a área de concessão da operadora para verificar a informação. A fiscalização é feita por amostragem, em cidades sorteadas. Cada vez que é verificado um descumprimento, o processo recomeça, com a escolha de uma nova lista de cidades.
De acordo com a Anatel, como foram encontradas falhas e o processo teve que ser reiniciado algumas vezes, a certificação do cumprimento das metas da Brasil Telecom demorou mais do que a das outras concessionárias.
Também na quinta-feira, e também por decisão unânime, a Anatel autorizou a volta da Telecom Italia ao grupo de controle da Brasil Telecom. A agência estabeleceu um prazo de 18 meses para que os sócios da Brasil Telecom e da Telecom Italia resolvam a superposição de autorizações e licenças, proibida pela regulamentação do setor. A superposição acontece porque a TIM (operadora de celular do grupo Telecom Italia) fornece o serviço de celular em todo o país. A Telecom Italia também tem autorização para serviço de longa distância em todo o país.
Por causa disso, mesmo no controle, a Telecom Italia não poderá participar de reuniões na Brasil Telecom que tratem de telefonia de longa distância e de celulares.


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