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Mercado Aberto
Guilherme Barros - guilherme.barros@uol.com.br
BC deve baixar juro em 0,25 ponto, diz LCA
Apesar de os dados macroeconômicos indicarem que há
base técnica suficiente para nova redução de meio ponto percentual da Selic, o Copom, na
reunião da semana que vem,
deverá baixar o juro em 0,25
ponto. A Selic deverá cair de
13,25% para 13%.
A aposta, da LCA Consultores, do economista Luciano
Coutinho, foi feita muito mais
pelas sinalizações do Banco
Central emitidas por meio de
seus comunicados e da votação
dividida na reunião de novembro do Copom do que pela evolução dos indicadores.
A LCA assinala que pesou
nessa avaliação a impressão de
que as possíveis mudanças que
vêm sendo cogitadas no campo
da política fiscal poderão ser
utilizadas como argumento pela parcela mais conservadora
do Copom. O medo é o de uma
piora fiscal com o programa de
aceleração do crescimento.
De acordo com a LCA, o fato
de o IPCA de dezembro ter ficado acima das previsões e de as
expectativas de inflação também terem aumentado não pode ser caracterizado como
preocupante. Não justificaria,
dessa forma, descartar a possibilidade de um novo corte de
0,5 ponto na Selic.
Mesmo os mais recentes indicadores de atividade econômica, que trouxeram resultados mais positivos do que esperava o mercado, não chegam a
sinalizar uma moderação do
ritmo de corte para 0,25 ponto.
Tanto o resultado de novembro da produção industrial como a pesquisa mensal do comércio mostraram resultados
melhores do que previa o mercado, o que reforçaria a tese daqueles que defendem uma moderação no corte de juros.
A LCA afirma, no entanto,
que ainda estão presentes fatores que apontam para a perspectiva de uma desaceleração
das vendas, comparativamente
ao ritmo forte que atingiram
entre agosto e novembro. As
perspectivas são de redução do
crescimento tanto da indústria
como do comércio.
Segundo a LCA, o corte de
0,25 ponto deverá ser mesmo a
opção do Copom, em razão dos
avisos constantes do BC e do
risco de piora do quadro fiscal.
BALANÇA
O fluxo do comércio exterior de plásticos transformados manteve trajetória ascendente em 2006. As importações cresceram 19,3% em relação ao ano passado, fechando em US$ 1,53 bilhão. As exportações apresentaram
crescimento mais moderado, de 14,2%, alcançando
US$ 1,27 bilhão. Em dezembro, as importações brasileiras
tiveram queda pelo segundo mês consecutivo. As compras
externas de produtos plásticos transformados somaram
US$ 132,8 milhões no mês, uma queda de 6,1% sobre novembro. Já as exportações cresceram 9,4% em relação ao
mês anterior, passando a US$ 109,6 milhões, o que fez o
déficit cair para US$ 23,2 milhões no mês de dezembro.
As vendas para a Argentina caíram 8,4%.
TRANSFORMAÇÃO
A DBM, especializada em gestão de pessoas, ampliou
seu foco de atuação com a chegada do presidente Marcelo
Cardoso para a operação brasileira e latino-americana. A
empresa passou a atuar na área de consultoria para situações de transição, como momentos imediatamente seguintes a fusões, aquisições ou reestruturações organizacionais e mudanças de estratégia em companhias. Segundo Cardoso, esse foco deriva "da própria aceleração da dinâmica empresarial no país, com mais fusões e aquisições". Ele cita o aumento da transformação de empresas
brasileiras em multinacionais, com a intensificação da
abertura de escritórios e operações no exterior. "Antes,
era só exportação, que é menos complexo. Agora, os executivos estão mais expostos", diz.
INVESTIMENTO
A Gerdau Açominas (MG),
maior usina siderúrgica do
Grupo Gerdau, irá investir
US$ 70 milhões para duplicar a capacidade de produção de perfis estruturais, de
450 mil toneladas para 900
mil toneladas anuais, com
foco no mercado externo.
LANÇAMENTO
A Diageo relança a Smirnoff Black, para o setor premium. Essa é a mesma vodca produzida por Piotr Smirnov, fundador da marca, para a corte imperial da Rússia
no período pré-revolução
bolchevique. O processo de
fabricação da bebida é artesanal, como na época dos
czares.
NO VERMELHO
Um grupo de investidores
contratou, no ano passado, a
Vae Consultores com o objetivo de formatar a modelagem dos investimentos a serem realizados em programas de concessões e em
PPPs (Parcerias Público-Privadas), focando principalmente os sete lotes federais que foram suspensos e o
setor de saneamento básico.
O grupo pretendia investir
R$ 700 milhões na modernização e na ampliação das rodovias e estações de tratamento de água e esgoto. A
suspensão do programa de
concessões federal fez com
que esse grupo realizasse
um prejuízo de R$ 2 milhões
com os estudos feitos até
agora.
FUNDO
O Itaú repassa hoje para
12 ONGs, de oito Estados
brasileiros, 50% da taxa de
administração do Fies (Fundo Itaú Excelência Social)
apurada entre julho de 2005
e junho de 2006. Cada instituição receberá R$ 98,9 mil
para aplicar em educação. O
patrimônio líquido médio
do fundo nos últimos 12 meses foi de R$ 62.436.881,13.
OPINIÃO
Para 51% dos consumidores, ações de responsabilidade socioambiental são muito
importantes, segundo pesquisa da TNS/InterScience.
No ano passado, a importância foi dada por 44% dos entrevistados. A indústria farmacêutica é a que mais respeita o consumidor, depois
da de eletrodoméstico, com
66% das menções.
SEM FIO
A Oi intensificará seu investimento em marketing
em 2007, com foco em moda, música e esportes. A empresa encerrou 2006 com
investimento de R$ 30 milhões em ações de marketing. Para este ano, serão
R$ 45 milhões.
PROTESTOS
Em dezembro de 2006, foram apresentados 199.590
títulos de protestos contra
227.038 em novembro, segundo pesquisa do Instituto
de Estudos de Protesto de
Títulos de São Paulo.
BANANA
A Telecine vai adesivar 21
mil cachos de banana em supermercados Carrefour com
selos temáticos do filme
"King Kong", no fim do mês.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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