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Telefônica Celular já transmite texto
ELVIRA LOBATO
da Sucursal do Rio
A Telefônica Celular lançou ontem, em caráter experimental, a
transmissão de mensagens escritas entre telefones celulares. A
chegada do serviço -que já é mania entre adolescentes europeus- provocou polêmica entre
as operadoras de radiochamada,
que têm exclusividade legal para
explorar o ""pager" no país.
A empresa batizou o novo produto de ""MoviStar Digitexto" e
anunciou que vai colocar no mercado 50 mil celulares digitais (fabricados pela Samsung) preparados tecnologicamente para enviar
mensagens escritas a outros celulares, sem a utilização de computador ou de modem.
As mensagens são digitadas no
próprio teclado do telefone e podem ser recebidas por qualquer
outro celular digital da operadora, dentro de sua área de concessão.
O presidente da Telefônica Celular, Felix Ivorra, disse que o serviço será oferecido gratuitamente
enquanto o governo não autorizar sua exploração comercial. Se o
pedido for aprovado, o preço de
transmissão de uma mensagem
será próximo ao do minuto de
conversação.
A troca de informação escrita
entre celulares foi testada pela primeira vez, na Europa, em dezembro de 1992, mas só deslanchou,
de fato, nos últimos dois anos.
Hoje, o volume de textos que trafega pela telefonia celular na
União Européia já soma 1 bilhão
por mês.
No final do ano passado, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) iniciou consulta pública para mudar a regulamentação e autorizou as companhias telefônicas a iniciarem os testes para transmissão de texto pela rede
celular.
De início, a agência limitou os
testes até o final de janeiro, mas
acabou prorrogando o prazo para
até o dia 29 deste mês. Significa
que a Telefônica Celular lançou
seu produto tendo apenas duas
semanas para testes pela frente.
""Estamos certos de que o prazo
vai ser dilatado novamente", afirmou o vice-presidente da empresa, Paulo Cesar Teixeira.
As empresas de radiochamada
reagiram ao anúncio do novo
produto da Telefônica Celular. A
Abrac, entidade que representa as
40 empresas do setor, tem uma
reunião marcada para a próxima
semana, onde o assunto será tratado.
As operadoras de ""pager" perderam 30% dos usuários para os
celulares pré-pagos nos últimos
dois anos (caíram de 1,2 milhão
para cerca de 800 mil) e também
querem mudanças na legislação
que atendam seus interesses.
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