São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2000


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Telefônica Celular já transmite texto

ELVIRA LOBATO
da Sucursal do Rio

A Telefônica Celular lançou ontem, em caráter experimental, a transmissão de mensagens escritas entre telefones celulares. A chegada do serviço -que já é mania entre adolescentes europeus- provocou polêmica entre as operadoras de radiochamada, que têm exclusividade legal para explorar o ""pager" no país.
A empresa batizou o novo produto de ""MoviStar Digitexto" e anunciou que vai colocar no mercado 50 mil celulares digitais (fabricados pela Samsung) preparados tecnologicamente para enviar mensagens escritas a outros celulares, sem a utilização de computador ou de modem.
As mensagens são digitadas no próprio teclado do telefone e podem ser recebidas por qualquer outro celular digital da operadora, dentro de sua área de concessão.
O presidente da Telefônica Celular, Felix Ivorra, disse que o serviço será oferecido gratuitamente enquanto o governo não autorizar sua exploração comercial. Se o pedido for aprovado, o preço de transmissão de uma mensagem será próximo ao do minuto de conversação.
A troca de informação escrita entre celulares foi testada pela primeira vez, na Europa, em dezembro de 1992, mas só deslanchou, de fato, nos últimos dois anos. Hoje, o volume de textos que trafega pela telefonia celular na União Européia já soma 1 bilhão por mês.
No final do ano passado, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) iniciou consulta pública para mudar a regulamentação e autorizou as companhias telefônicas a iniciarem os testes para transmissão de texto pela rede celular.
De início, a agência limitou os testes até o final de janeiro, mas acabou prorrogando o prazo para até o dia 29 deste mês. Significa que a Telefônica Celular lançou seu produto tendo apenas duas semanas para testes pela frente. ""Estamos certos de que o prazo vai ser dilatado novamente", afirmou o vice-presidente da empresa, Paulo Cesar Teixeira.
As empresas de radiochamada reagiram ao anúncio do novo produto da Telefônica Celular. A Abrac, entidade que representa as 40 empresas do setor, tem uma reunião marcada para a próxima semana, onde o assunto será tratado.
As operadoras de ""pager" perderam 30% dos usuários para os celulares pré-pagos nos últimos dois anos (caíram de 1,2 milhão para cerca de 800 mil) e também querem mudanças na legislação que atendam seus interesses.



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