São Paulo, terça-feira, 17 de fevereiro de 2004

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FINANÇAS EXTERNAS

Condutas são difíceis de prever, diz diretor do BC brasileiro

Brasil quer código flexível no G20

Eraldo Peres/AP Photo
O ministro da Fazenda alemão, Hans Eichel (à esq.), com o colega brasileiro, Antonio Palocci


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo brasileiro defende no G20 um código de conduta mais flexível para problemas de pagamento de dívida dos países. Além disso, quer discutir procedimentos a serem adotados apenas em relação a um eventual calote da dívida externa pública.
O G20, grupo de países industrializados e emergentes criado em 1999, é presidido atualmente pelo ministro da Fazenda alemão, Hans Eichel. Ele esteve ontem com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, e lembrou a necessidade de um código de conduta para enfrentar crises como a que aconteceu na Argentina.
O código, que seria um manual de discussão com os credores em caso de calote da dívida, será um dos temas da reunião técnica do G20 que acontecerá em março.
O diretor de Assuntos Internacionais do BC, Alexandre Schwartsman, disse que a França e outros países defendem um modelo fechado de código com uma série de procedimentos para a instalação de um comitê de credores. "Não podemos desenhar condutas para cada circunstância justamente porque elas são difíceis de prever", explicou.
Schwartsman lembrou que o Brasil já deu um passo na direção de soluções para crises eventuais ao emitir títulos externos com cláusulas de renegociação da dívida. A discussão sobre os códigos foi formalizada no ano passado quando a vice-diretora gerente do FMI, Anne Krueger, propôs uma espécie de lei de falências para os países. O Brasil e outras nações foram contrários à proposta.
O diretor do BC disse que o governo brasileiro está conversando com outros emergentes para definir uma proposta de consenso.


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