São Paulo, terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

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Bolsa de SP se recupera no final do dia e sobe 0,4%

Bovespa chegou a recuar 1,55%, com queda dos bancos

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma virada perto do encerramento permitiu que a Bolsa de Valores de São Paulo terminasse o primeiro pregão da semana com alta de 0,40%, aos 41.841 pontos.
O dia não foi melhor devido ao mau desempenho das ações de bancos, que encerraram no vermelho. No setor, os papéis preferenciais do Itaú foram os mais negociados. Atrás apenas de Vale e Petrobras, a ação PN do Itaú movimentou R$ 212,7 milhões e fechou com queda de 0,39%. Para a ação ordinária do Banco do Brasil, a baixa ontem foi de 0,63%. E Bradesco PN terminou com recuo de 0,53%.
A recuperação dos papéis de Vale e Petrobras ajudou a Bovespa a se distanciar de seu pior momento de ontem -no início da tarde, a Bolsa chegou a marcar perdas de 1,55%.
Apesar do recuo de 2,53% registrado na semana passada, a Bovespa computa valorização de 6,47% no mês. O resultado do ano é ainda melhor, com alta acumulada de 11,43%.
O mercado brasileiro operou sem a referência dos Estados Unidos, onde ontem foi o feriado do Dia do Presidente.
Mas o fechamento dos mercados nos EUA não evitou o clima negativo no exterior, com força para prejudicar as operações no Brasil.
Os mercados abriram com a notícia de que a economia do Japão teve sua retração mais significativa em 34 anos, ao recuar 3,3% entre outubro e dezembro, resultado pior do que o esperado pelos analistas. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, caiu 0,38%.
Na Europa, a queda nos mercados acionários foi generalizada, com o futuro das instituições financeiras de volta ao centro das preocupações. Não faltaram rumores como o da necessidade de bancos na região serem nacionalizados. Em Londres, a Bolsa caiu 1,31%; Paris recuou 1,19%; e Frankfurt perdeu 1,06%.
Papéis do setor bancário estiveram entre as maiores baixas do dia na região -as ações do Deutsche Bank caíram 6,47%, as do Royal Bank of Scotland tiveram perdas de 6,42%, e as do Barclays recuaram 3,38%.

Menor movimentação
Na Bovespa, o pregão de ontem apenas não foi mais morno devido ao exercício de opções sobre ações, que movimentou R$ 2,1 bilhões e ajudou o montante total girado alcançar os R$ 4,95 bilhões.
O mercado de câmbio doméstico teve, segundo operadores, um dia de baixa negociação. Com os investidores desinteressados em fechar grandes operações sem a referência dos Estados Unidos, o dólar oscilou pouco e acabou por terminar com alta de 0,66%, cotado a R$ 2,279.
A baixa participação dos estrangeiros no mercado local ontem foi sentida. Na Bovespa, essa categoria de investidores voltou a ganhar relevância. No mês, até o dia 12, o saldo dos negócios realizados com dinheiro externo está positivo em R$ 1,54 bilhão. Desde maio de 2008, o balanço da categoria não fica positivo.
As duas ações de maior peso da Bolsa, Vale e Petrobras, muito negociadas pelos estrangeiros, encerraram em alta, após recuarem durante boa parte do dia. A ação PN da Petrobras subiu 1,15%, e a PNA da Vale teve alta de 0,74%.
Entre os papéis que não fazem parte do índice Ibovespa -que reúne as 66 ações brasileiras de maior liquidez-, o grande destaque foi a ação ordinária da Positivo, que avançou 78,84% e ficou entre as cinco mais negociadas de ontem. O papel foi impulsionado por rumores de que a companhia negocia a sua venda para um grupo estrangeiro.


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