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Bolsa de SP se recupera no final do dia e sobe 0,4%
Bovespa chegou a recuar
1,55%, com queda dos bancos
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma virada perto do encerramento permitiu que a Bolsa
de Valores de São Paulo terminasse o primeiro pregão da semana com alta de 0,40%, aos
41.841 pontos.
O dia não foi melhor devido
ao mau desempenho das ações
de bancos, que encerraram no
vermelho. No setor, os papéis
preferenciais do Itaú foram os
mais negociados. Atrás apenas
de Vale e Petrobras, a ação PN
do Itaú movimentou R$ 212,7
milhões e fechou com queda de
0,39%. Para a ação ordinária do
Banco do Brasil, a baixa ontem
foi de 0,63%. E Bradesco PN
terminou com recuo de 0,53%.
A recuperação dos papéis de
Vale e Petrobras ajudou a Bovespa a se distanciar de seu pior
momento de ontem -no início
da tarde, a Bolsa chegou a marcar perdas de 1,55%.
Apesar do recuo de 2,53% registrado na semana passada, a
Bovespa computa valorização
de 6,47% no mês. O resultado
do ano é ainda melhor, com alta
acumulada de 11,43%.
O mercado brasileiro operou
sem a referência dos Estados
Unidos, onde ontem foi o feriado do Dia do Presidente.
Mas o fechamento dos mercados nos EUA não evitou o clima negativo no exterior, com
força para prejudicar as operações no Brasil.
Os mercados abriram com a
notícia de que a economia do
Japão teve sua retração mais
significativa em 34 anos, ao recuar 3,3% entre outubro e dezembro, resultado pior do que o
esperado pelos analistas. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio,
caiu 0,38%.
Na Europa, a queda nos mercados acionários foi generalizada, com o futuro das instituições financeiras de volta ao
centro das preocupações. Não
faltaram rumores como o da
necessidade de bancos na região serem nacionalizados. Em
Londres, a Bolsa caiu 1,31%; Paris recuou 1,19%; e Frankfurt
perdeu 1,06%.
Papéis do setor bancário estiveram entre as maiores baixas
do dia na região -as ações do
Deutsche Bank caíram 6,47%,
as do Royal Bank of Scotland tiveram perdas de 6,42%, e as do
Barclays recuaram 3,38%.
Menor movimentação
Na Bovespa, o pregão de ontem apenas não foi mais morno
devido ao exercício de opções
sobre ações, que movimentou
R$ 2,1 bilhões e ajudou o montante total girado alcançar os
R$ 4,95 bilhões.
O mercado de câmbio doméstico teve, segundo operadores, um dia de baixa negociação. Com os investidores desinteressados em fechar grandes
operações sem a referência dos
Estados Unidos, o dólar oscilou
pouco e acabou por terminar
com alta de 0,66%, cotado a R$
2,279.
A baixa participação dos estrangeiros no mercado local
ontem foi sentida. Na Bovespa,
essa categoria de investidores
voltou a ganhar relevância. No
mês, até o dia 12, o saldo dos negócios realizados com dinheiro
externo está positivo em R$
1,54 bilhão. Desde maio de
2008, o balanço da categoria
não fica positivo.
As duas ações de maior peso
da Bolsa, Vale e Petrobras, muito negociadas pelos estrangeiros, encerraram em alta, após
recuarem durante boa parte do
dia. A ação PN da Petrobras subiu 1,15%, e a PNA da Vale teve
alta de 0,74%.
Entre os papéis que não fazem parte do índice Ibovespa
-que reúne as 66 ações brasileiras de maior liquidez-, o
grande destaque foi a ação ordinária da Positivo, que avançou
78,84% e ficou entre as cinco
mais negociadas de ontem. O
papel foi impulsionado por rumores de que a companhia negocia a sua venda para um grupo estrangeiro.
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