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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Aneel quer que tarifa da CPFL caia 14%; empresa propõe aumento
A Aneel está analisando se a
CPFL pode ou não repassar aos
consumidores um novo aumento no preço da energia. A
proposta inicial da agência para
a distribuidora é que a tarifa
caia 14,02%. A CPFL defende
que haja aumento da tarifa.
A Aneel pediu um parecer jurídico para a Procuradoria Federal que atua dentro do órgão
sobre o impasse e deve decidir a
questão em reunião de diretoria no dia 25 deste mês.
De acordo com a distribuidora, o aumento na tarifa é necessário porque ela precisou fazer
uma sobrecompra de energia e
o fez pelo preço negociado a
curto prazo. A CPFL diz que a
medida foi necessária para dar
segurança ao mercado cativo.
A energia a curto prazo custava, em janeiro do ano passado, R$ 17,59 por MWh e terminou o ano em R$ 212,20 por MWh. Em janeiro deste ano, o
preço a curto prazo atingiu o teto determinado pela Aneel, de
R$ 569,59 por MWh.
De acordo com as regras do
mercado, as distribuidoras podem fazer sobrecompras, ou seja, adquirir um montante de
energia superior ao que é necessário para atender a sua carga. O repasse dos custos de
aquisição de energia é legal.
O que a Aneel analisa, porém,
é a forma como a CPFL comprou energia e quer repassar o
valor pago -que foi mais alto
que o valor que era praticado
no mercado- ao consumidor.
"Cabe destacar que a sobrecontratação da CPFL Paulista
para 2007 vem sendo analisada
e comparada com as dos anos
de 2005 e 2006. Nessa análise,
foram constatados indícios de
que a CPFL Paulista vem sazonalizando a energia adquirida
da CPFL Brasil no ano de 2007,
no que se refere ao contrato
CPFL Brasil Competitivo L.P.,
de forma atípica e causando um
ônus desnecessário aos seus
consumidores", afirma a agência em nota técnica.
A decisão da Aneel faz parte
do segundo ciclo de revisão tarifária. A previsão é que a correção da tarifa deva entrar em vigor no dia 8 de abril.
Segundo a distribuidora, a
CPFL Paulista apresentou uma
"sobrecontratação de energia
em 2007 de aproximadamente
1,5%, portanto, dentro dos limites estabelecidos em lei".
A CPFL diz que os indícios de
ônus desnecessários aos consumidores aos quais a Aneel se refere "não se confirmam se for
entendido o processo em toda a
sua complexidade".
Sobre o repasse dessas comercializações para o ciclo de
revisão tarifária, a CPFL Paulista informa que esse processo
está sendo coordenado pela
Aneel, que ainda não se posicionou definitivamente sobre a
questão.
SEM DESTINO
A Harley-Davidson fechou parceria com o piloto Tarso
Marques, da Stock Car Brasil, para lançar modelos de motocicletas que só sairão da loja depois de personalizadas. A
idéia, segundo Marques, é que não haja nenhuma unidade
igual a outra. O piloto, que assinará as versões, afirma que a
prática é muito conhecida nos Estados Unidos, mas ainda é
feita de forma artesanal no Brasil. "A gente praticamente vai
construir uma moto inteira com motor Harley", afirma. As
alterações incluem peças como tanque, suspensão, rodas e
também nas cores. Os modelos poderão custar cerca de até
R$ 66 mil. O preço fica abaixo de alguns dos modelos mais
caros produzidos pela marca.
SUSTENTÁVEL
A Fundação Dom Cabral e
a ONG inglesa AccountAbilility lançam amanhã em SP
o relatório "O Estado da
Competitividade Responsável 2007". O estudo foi lançado em 2007 na Suíça.
CRIANÇAS DE FUTURO
O Ismart (Instituto Social
Maria Telles) completa nove
anos no dia 19. A instituição,
com sede em São Paulo,
identifica crianças talentosas de baixa renda, que ganham reforço escolar para
que possam ser aprovadas
no ensino médio de colégios
particulares de ponta e, mais
tarde, nas principais universidades -os alunos são financiados pelo Ismart até o
fim da faculdade. Hoje o programa atende 510 alunos.
BASTÃO
Victor Barbosa, que atuou
durante 31 anos no grupo dinamarquês Novo A/S na
América Latina, anunciou
sua aposentadoria. Presidente da Novozymes Latin
America, Barbosa terá como
sucessor Pedro Luiz Fernandes, que está há 20 anos
na empresa e atualmente é
diretor de qualidade, ambiente, saúde e segurança e
assuntos regulatórios.
PROTESTADOS
Em fevereiro foram protestados 66.777 títulos, de
acordo com levantamento
realizado pelo instituto de
protesto de títulos de São
Paulo com os dez tabeliães
de protestos da capital. O
número mostra queda de
14,25% ante janeiro.
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