|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Comércio on-line cresce 30% em 2009
Negócios somaram R$ 10,6 bi, e perspectiva para 2010 é manter ritmo; livros, revistas e jornais lideram vendas
TATIANA RESENDE
DA FOLHA ONLINE
As compras feitas pela internet no ano passado totalizaram
R$ 10,6 bilhões, alta de 30% ante 2008, de acordo com pesquisa da consultoria de comércio
eletrônico e-bit, que não considera as vendas de veículos, passagens aéreas e leilões virtuais.
Cerca de 17,6 milhões de consumidores brasileiros já haviam feito pelo menos uma
compra pela internet ao final
de 2009, segundo o levantamento, com crescimento de
33%. O número representa
26% dos internautas do Brasil,
o que mostra, de acordo com a
consultoria, que ainda há muito
espaço para crescer.
Desse total, 4,4 milhões tiveram a experiência de uma compra virtual pela primeira vez no
ano passado; 60% deles têm
renda familiar até R$ 3.000.
Entre os motivos do aumento no faturamento está a entrada das Casas Bahia, em fevereiro de 2009, no mundo virtual.
Com a chegada do varejista
francês Carrefour ao comércio
eletrônico neste mês, todas as
grandes redes presentes no
país agora oferecem opção de
compras pelo mundo virtual.
"Empresas que já têm uma
marca forte no varejo podem
atrair novos consumidores para o canal", comenta o diretor-geral da e-bit, Pedro Guasti. Para o setor, completa, é importante também porque a chegada de grandes "players" representa mais investimentos em
mídia, plataforma e logística.
Livros, revistas e jornais lideraram as vendas virtuais, com
20% do volume de pedidos em
2009, seguidos de saúde, beleza
e medicamentos (13%). Com a
redução de IPI para a linha
branca, os eletrodomésticos garantiram a terceira posição no
ranking (11%), praticamente
dobrando a participação do ano
anterior, à frente de informática (9%) e eletrônicos (6%).
Para 2010, a previsão é movimentar R$ 13,6 bilhões, repetindo o ritmo de expansão do
ano passado. Ao final do primeiro semestre, a projeção da
e-bit é que 19,8 milhões de pessoas tenham adquirido pelo
menos um produto pela internet e, para dezembro, a previsão é que chegue a 23 milhões.
O consultor especializado em
varejo Eugênio Foganholo, da
Mixxer, destaca que, embora a
participação das vendas virtuais no faturamento total das
grandes redes ainda seja pequeno, a internet está sendo cada vez mais usada na pré-compra. "É onde o consumidor vai
se informar, comparar."
A opinião é compartilhada
por Sérgio Herz, diretor da Câmara Brasileira de Comércio
Eletrônico: "O consumidor está aprendendo a usar a internet
a seu favor", afirma.
Texto Anterior: Sadia diz que operações com câmbio são regulares Próximo Texto: Rede rápida: Congresso dos EUA inicia debate sobre plano de banda larga Índice
|