São Paulo, quarta-feira, 17 de março de 2010

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

RICA, MAS SEM RENDA
A safra deste ano será rica, mas sem renda para o produtor, segundo o analista José Pitoli. A produtividade da soja vem crescendo 36%, em média, no Paraná, mas a receita bruta do produtor vem caindo 7% em relação à obtida em 2009.

AINDA LÍQUIDA
Devido aos custos menores de produção, a conta final pode até indicar receita líquida, mas não o suficiente "para colocar a casa em dia", diz ele. A produtividade média do Estado é de 3.000 quilos por hectare, mas a saca de soja está a R$ 30,80.

SEM MARGENS
O setor de insumos agrícolas teve margem de 0,4% no terceiro trimestre de 2009, inferior aos 22,5% de igual período de 2008. A redução na receita dos fertilizantes foi decisiva para a queda, mostra estudo da Lafis, especializada em dados econômicos setoriais, macroeconômicos e financeiros.

BOM PARA O ALGODÃO
O setor deve apresentar crescimento de 33% no faturamento devido à recuperação da economia mundial e à alta na demanda interna de algodão em pluma pela indústria. Para 2011, a Lafis prevê crescimento de 12% no faturamento em função da demanda mundial.

SEM COMPRAS
À espera de novas quedas nos preços devido à entrada de álcool da safra 2010/11, as distribuidoras tiveram pouco interesse de compra na semana passada. Com isso, o mercado registrou poucos negócios.

RENDE MAIS
A avaliação é do Cepea, cujos cálculos indicam também que produzir açúcar rende 140% a mais às usinas do que vender álcool hidratado. Em relação ao anidro, o ganho é de 108%. Comparando-se os dois tipos de álcool, o anidro remunera 15% a mais do que o hidratado.

MUITO RESTRITA
A oferta de gado pronto para abate está realmente restrita no noroeste de São Paulo, na avaliação do Instituto FNP. Com isso, os frigoríficos devem elevar o pagamento da arroba para R$ 77 na região.

SAFRA MAIOR
As estimativas de produção de arroz deste mês do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apontam para 440,3 milhões de toneladas, 4 milhões a mais do que se previa em fevereiro. Mesmo assim, o volume será 1,6% inferior ao recorde de 2008/9.

CONSUMO MAIOR
O consumo mundial será recorde, subindo para 440,6 milhões de toneladas. O aumento ocorre principalmente na China e na Índia. Com isso, os estoques mundiais recuam para 90,9 milhões de toneladas. Só na China, a queda de estoques será de 4 milhões de toneladas.


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