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Oferta da Telesp
a minoritários é
injusta, diz CVM
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Luiz
Leonardo Cantidiano, considerou ontem injusto o preço que a
Telesp Celular quer pagar aos
acionistas minoritários com ações
PN (preferenciais, sem direito a
voto) da TCO (Tele Centro Oeste
Celular).
A compra da TCO pela Telesp
Celular, anunciada em janeiro, foi
aprovada anteontem pela Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações). A TCO será incorporada à Telesp Celular e seus acionistas terão de trocar suas ações por
papéis da Telesp Celular.
O problema é a diferença entre
o que a Telesp Celular está oferecendo para acionistas PN e ON
(ordinários). Quem tem ações da
TCO PN receberá R$ 5,61 por
ação. Quem tem ON, receberá R$
14,58.
"Os preferencialistas detêm cerca de 70% da empresa e vão receber um terço do valor global. Isso
parece injusto", afirmou Cantidiano.
A autarquia deve aprovar a incorporação da TCO no prazo de
30 dias após consumada a venda
para a Telesp Celular. A CVM, entretanto, não tem poder para
obrigar a Telesp Celular a pagar
outro valor para os acionistas detentores de papéis PN.
"Se eles confirmarem que vão
fazer a incorporação, nos parece
que essa disparidade de preço é
algo que não se justifica."
O máximo que a CVM pode fazer é orientar os investidores, inclusive na esfera judicial, e abrir
um inquérito administrativo,
com eventuais punições, como
multas ou advertências.
Para Cantidiano, trata-se de
uma compra com pagamento do
preço apenas a "um pedaço dos
donos".
(APG)
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