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CVM diz que cogitou suspender ações
FLÁVIO ILHA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PORTO ALEGRE
A presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários),
Maria Helena Santana, disse
ontem em Porto Alegre que o
órgão avaliou a possibilidade de
suspender as negociações com
as ações da Petrobras no pregão
de segunda-feira, em razão do
movimento atípico dos papéis
na Bolsa de Valores.
"Decidimos [não suspender a
negociação com as ações] para
não trazer ainda mais transtornos aos acionistas. São papéis
que, estando travados, podem
trazer perda de liquidez importante e prejuízos que não sabemos dimensionar", afirmou.
"Essa é uma decisão das mais
difíceis. No que momento que
se trava uma negociação líquida como é a Petrobras, será que
você está fazendo bem a alguém?", disse Maria Helena.
Segundo ela, a opção de buscar esclarecimentos com a estatal sobre as declarações do diretor-geral da ANP (Agência
Nacional do Petróleo), Haroldo
Lima, evitou uma situação de
"corner" no mercado para a
qual os investidores não estavam preparados. "Quando o
pregão está chegando ao fim, a
última coisa que se pode fazer é
uma suspensão [de negociação]", disse a dirigente.
Ela afirmou que a investigação vai observar os papéis da
estatal em pregões anteriores
ao anúncio da descoberta do
campo de Carioca. Esse comportamento é essencial para
descobrir eventuais indícios de
operações ilegais.
"O prazo padrão é de um mês,
mas é uma decisão que depende da observação dos técnicos",
disse. Segundo ela, a investigação tem por objetivo descobrir
"em que momento mudou [o
comportamento dos papéis]",
afirmou a dirigente da CVM.
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