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Grupo de empresários propõe plano para Brasil sair da crise
DA REPORTAGEM LOCAL
A cúpula empresarial do fórum nacional do Inae (Instituto Nacional de Altos Estudos),
formada por 50 executivos de
grandes companhias brasileiras, lançou ontem em São Paulo e no Rio de Janeiro um plano
contra a crise. "O objetivo é
propor ações que ajudem o país
a transformar a atual crise em
oportunidade", explicou João
Paulo dos Reis Velloso, superintendente-geral do instituto.
O projeto, que já foi apresentado ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva no início de fevereiro, contempla medidas de
curto prazo, para evitar que o
Brasil entre em recessão, e de
estímulo ao desenvolvimento.
Entre as providências imediatas, o grupo de empresários
-que inclui o presidente da Vale, Roger Agnelli, e o da Petrobras, José Sérgio Gabrielli- pede garantia de crédito para as
companhias, contenção das
despesas correntes do governo
e sugere que, a fim de captar recursos, o país emita bônus no
exterior.
Pensando no longo prazo, a
cúpula defende, entre outras
ideias, a ampliação da infraestrutura nacional, o foco em pesquisa e tecnologia, e a elaboração de uma tática de exploração
do pré-sal que coloque o Brasil
entre os maiores produtores de
petróleo do mundo.
"É preciso resolver os problemas do dia-a-dia, mas também
é necessário buscar um pouco
de serenidade para refletir sobre o que realmente queremos
para o país", disse Paulo Skaf,
presidente da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de São
Paulo). A entidade estima que o
PIB (Produto Interno Bruto)
brasileiro tenha caído de 1% a
1,5% no primeiro trimestre do
ano. O grupo do Inae coloca
uma meta de crescimento da
economia de 2% em 2009.
À pergunta da Folha sobre
iniciativas concretas e o papel
que as empresas desempenharão no plano, Jackson Schneider, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), respondeu que a intenção
é fazer um exercício de olhar
para o futuro e pensar estrategicamente no caminho para fazer do Brasil uma nação mais
avançada.
David Barioni, presidente da
TAM, acrescentou que a solução da crise passa pela continuidade dos investimentos.
"Por isso, vamos manter os gastos de US$ 6,9 bilhões em compra de aeronaves até 2012", comentou.
(DENYSE GODOY)
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