São Paulo, sexta-feira, 17 de abril de 2009

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Grupo de empresários propõe plano para Brasil sair da crise

DA REPORTAGEM LOCAL

A cúpula empresarial do fórum nacional do Inae (Instituto Nacional de Altos Estudos), formada por 50 executivos de grandes companhias brasileiras, lançou ontem em São Paulo e no Rio de Janeiro um plano contra a crise. "O objetivo é propor ações que ajudem o país a transformar a atual crise em oportunidade", explicou João Paulo dos Reis Velloso, superintendente-geral do instituto.
O projeto, que já foi apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de fevereiro, contempla medidas de curto prazo, para evitar que o Brasil entre em recessão, e de estímulo ao desenvolvimento.
Entre as providências imediatas, o grupo de empresários -que inclui o presidente da Vale, Roger Agnelli, e o da Petrobras, José Sérgio Gabrielli- pede garantia de crédito para as companhias, contenção das despesas correntes do governo e sugere que, a fim de captar recursos, o país emita bônus no exterior.
Pensando no longo prazo, a cúpula defende, entre outras ideias, a ampliação da infraestrutura nacional, o foco em pesquisa e tecnologia, e a elaboração de uma tática de exploração do pré-sal que coloque o Brasil entre os maiores produtores de petróleo do mundo.
"É preciso resolver os problemas do dia-a-dia, mas também é necessário buscar um pouco de serenidade para refletir sobre o que realmente queremos para o país", disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A entidade estima que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro tenha caído de 1% a 1,5% no primeiro trimestre do ano. O grupo do Inae coloca uma meta de crescimento da economia de 2% em 2009.
À pergunta da Folha sobre iniciativas concretas e o papel que as empresas desempenharão no plano, Jackson Schneider, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), respondeu que a intenção é fazer um exercício de olhar para o futuro e pensar estrategicamente no caminho para fazer do Brasil uma nação mais avançada.
David Barioni, presidente da TAM, acrescentou que a solução da crise passa pela continuidade dos investimentos. "Por isso, vamos manter os gastos de US$ 6,9 bilhões em compra de aeronaves até 2012", comentou. (DENYSE GODOY)


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