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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
OceanAir vai investir US$ 200 milhões
O investimento que a OceanAir está prestes a anunciar ao
mercado é estimado em US$
200 milhões, só para este ano.
José Efromovich, presidente
da empresa, e Renato Pascowitch, diretor-executivo, planejam comunicar, dia 26, um
grande projeto de renovação de
marca, malha aérea e frota.
O primeiro Airbus da companhia já está no Brasil e começa a
operar no dia 27. A segunda aeronave do modelo vai chegar
em maio. Outras duas devem
vir ao longo deste ano.
O investimento na renovação
da frota é promessa antiga de
German Efromovich, dono da
empresa, que desde que começou a operar só voa com velhos
jatos modelo Fokker.
A malha será ampliada, aproveitando o reforço que a empresa obteve no último leilão
de vagas para pouso e decolagem no Aeroporto de Congonhas. A OceanAir tinha 132
slots e ganhou mais 38, alta de
oferta de quase 30%. A companhia pretende aumentar frequências em rotas já existentes,
especialmente na ponte aérea
aos finais de semana.
A empresa deve ainda anunciar que será rebatizada com o
nome da companhia colombiana Avianca, também controlada por Efromovich.
A mudança do nome estava
prevista para o início deste ano,
mas, com a fusão da Avianca
com a companhia aérea Taca,
de El Salvador, a Avianca deixou de ser controlada em mais
de 80% por um brasileiro.
Foi preciso fazer um novo
rearranjo societário para enquadrar a Avianca na legislação
brasileira, permitindo que ela
controle a OceanAir. A empresa detém 2,4% de participação
no mercado doméstico, segundo o ranking de março da Anac.
Harley-Davidson é alvo de disputa no Brasil
A distribuição da grife de motocicletas americana Harley-Davidson no Brasil se tornou
alvo de uma disputa judicial
que contrapôs, de um lado, a
dona da marca Harley-Davidson e, de outro, seu revendedor
nacional, o Grupo Izzo, por
meio da empresa HDSP.
O contrato vigente hoje, que
garante ao Grupo Izzo a venda
exclusiva dos produtos da marca no Brasil, é válido até 2015,
mas as duas empresas vinham
desde 2009 em negociação para antecipar o término da parceria para 2012, com a entrada
de novas concessionárias.
"A Harley-Davidson quer isso agora porque a operação no
Brasil cresceu. Estão vendo potencial de mercado. E fomos
nós quem criamos esse mercado ao longo dos anos. Estávamos negociando quando resolveram entrar na Justiça", diz
Carlos Byron, do Izzo.
Segundo ele, o mercado dos
EUA sofreu na crise e o do Brasil cresceu. "Aqui são vendidas
5.000 motos por ano. Nos últimos 15 dias, vendemos R$ 2 milhões só de roupas da marca."
As motos mais vendidas no
país custam cerca de R$ 45 mil.
A mais cara custa R$ 72 mil.
"A negociação amigável terminou quando descobrimos
que a HDSP vinha inadimplindo o contrato em diversas frentes", diz Celso Xavier, sócio do
Demarest e Almeida, que defende a Harley.
As reclamações da Harley
contra o Izzo incluíam má prestação de serviço ao consumidor, quebra de exclusividade de
vendas da grife -o Izzo comercializava outras marcas de motos- e modelo de financiamento irregular que estaria atrasando a entrega dos produtos.
Em março, a Harley obteve
liminar na Justiça para cessar a
representação da HDSP, mas a
liminar foi suspensa temporariamente em seguida.
Nesta semana, a Harley apresentou ao juiz um pedido de reconsideração para que volte a
vigorar a liminar. O grupo Izzo
nega as irregularidades.
MIGRAÇÃO DIGITAL
A Microcamp, rede de escolas de informática e idiomas,
está retomando o mercado externo. Em janeiro, a empresa
abriu uma unidade em Pompano Beach, na Flórida (EUA).
"Descobrimos que não existiam cursos livres de informática
nos EUA", afirma Eloy Tuffi, presidente da Microcamp. A
maior procura está sendo de estrangeiros por cursos de inglês. "Já percebemos que está dando certo, e estudamos a
abertura de uma segunda unidade", diz Tuffi. Nos anos 90, a
empresa chegou a ter escolas em Portugal, Espanha e Argentina, mas, devido a dificuldades, foram fechadas. No Brasil,
hoje existem 150 escolas, com mais de 120 mil alunos. Até o
final deste ano, a previsão é abrir mais 50 unidades. "Quero
popularizar o curso de TI no Brasil", diz ele. Na rede, a mensalidade desse curso é de R$ 180. O atendimento da escola é
focado em jovens das classes C e D. "A maioria dos alunos
começa o curso sem conhecer um computador", diz ele.
MARCHA LENTA
As operações de leasing estão em queda neste ano. O
saldo da carteira caiu 2% em fevereiro na comparação
com o mesmo mês de 2009, para R$ 109,6 bilhões, segundo a Abel (Associação Brasileira das Empresas de Leasing). Os novos negócios tiveram queda de 31,5% em fevereiro, com volume de R$ 2,5 bilhões. Com a redução do
IOF de veículos, a vantagem competitiva que o leasing tinha sobre o CDC deixou de existir. Para Osmar Roncolato
Pinho, presidente da Abel, o crescimento da economia vai
impulsionar as operações de leasing. "Vamos continuar
crescendo, mas em patamares menores", diz ele. Para este ano, a Abel estima expansão de 20% no leasing.
SAÚDE
Os planos coletivos empresariais, oferecidos pelas empresas aos funcionários, que
representam 56% do total de
planos de saúde no Brasil,
apresentaram crescimento de
6,3% em 2009, sendo 3% apenas no último trimestre. Os
dados são de levantamento do
IESS (Instituto de Estudos de
Saúde Suplementar). Trata-se
de uma das maiores taxas trimestrais já registradas.
CAPITAL DE GIRO
Cerca de 80 fornecedoras
da Petrobras participam de
evento sobre acesso a linhas
de capital de giro a taxas reduzidas, dia 20, na Abinee,
em SP. Executivos do Prominp, da Petrobras e do Silverado Asset Managment
falam das condições de operação dos fundos de investimento em direitos creditórios, que aceitam contratos
com a Petrobras como garantia.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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