|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Amorim critica EUA por impasse de Doha
Ministro diz que quem tem
liderança precisa exercê-la
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Celso Amorim
(Relações Exteriores), que se
reúne hoje em Brasília com o
diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio),
Pascal Lamy, afirmou ontem
que a Rodada Doha de comércio só não foi concluída ainda
por "falta de liderança política",
numa referência direta aos Estados Unidos.
Segundo ele, falta à maior potência do planeta perceber o
"benefício sistêmico" que poderia advir da conclusão da Rodada, resultando em vantagens
tanto para os próprios EUA
quanto para todos os demais
países, em cadeia.
"Quem tem liderança tem
que exercê-la, para não vir a
perdê-la. Aí estão os Brics [Brasil, Rússia, Índia e China, cujos
chefes de Estado se reuniram
na quinta-feira em Brasília]",
disse o ministro.
Amorim e Lamy vão conversar sobre a evolução da Rodada
Doha e também sobre as tensas
negociações entre Brasil e EUA
por conta dos subsídios norte-americanos ao algodão e a retaliação brasileira autorizada pela OMC.
Segundo Amorim, essa questão é um bom exemplo de como
o sistema de controvérsia da
OMC funciona na prática.
A intenção de Lamy era aproveitar a reunião dos Brics para
manter contato com os participantes, mas ela teve de ser
adiantada para quinta-feira,
por causa do terremoto que
atingiu a China.
Amorim, aliás, manifestou
frustração ontem diante da cobertura do encontro feita pela
imprensa brasileira.
O ministro citou principalmente a falta de fotos nas capas
dos jornais.
Texto Anterior: Investimentos: Burocracia é maior entrave, diz governo japonês Próximo Texto: Foco: Empresa de Eike negocia a construção da segunda siderúrgica no porto do Açu Índice
|