São Paulo, sábado, 17 de abril de 2010

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Amorim critica EUA por impasse de Doha

Ministro diz que quem tem liderança precisa exercê-la

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores), que se reúne hoje em Brasília com o diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, afirmou ontem que a Rodada Doha de comércio só não foi concluída ainda por "falta de liderança política", numa referência direta aos Estados Unidos.
Segundo ele, falta à maior potência do planeta perceber o "benefício sistêmico" que poderia advir da conclusão da Rodada, resultando em vantagens tanto para os próprios EUA quanto para todos os demais países, em cadeia.
"Quem tem liderança tem que exercê-la, para não vir a perdê-la. Aí estão os Brics [Brasil, Rússia, Índia e China, cujos chefes de Estado se reuniram na quinta-feira em Brasília]", disse o ministro.
Amorim e Lamy vão conversar sobre a evolução da Rodada Doha e também sobre as tensas negociações entre Brasil e EUA por conta dos subsídios norte-americanos ao algodão e a retaliação brasileira autorizada pela OMC.
Segundo Amorim, essa questão é um bom exemplo de como o sistema de controvérsia da OMC funciona na prática.
A intenção de Lamy era aproveitar a reunião dos Brics para manter contato com os participantes, mas ela teve de ser adiantada para quinta-feira, por causa do terremoto que atingiu a China.
Amorim, aliás, manifestou frustração ontem diante da cobertura do encontro feita pela imprensa brasileira.
O ministro citou principalmente a falta de fotos nas capas dos jornais.


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