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foco
Empresa de Eike negocia
a construção da segunda
siderúrgica no porto do Açu
CIRILO JUNIOR
ENVIADO A SÃO JOÃO DA BARRA (RJ)
A LLX, braço de logística da
EBX, do empresário Eike Batista, negocia a construção de
uma segunda usina siderúrgica no complexo do porto do
Açu, em São João da Barra, no
norte fluminense.
O presidente da empresa,
Otávio Lazcano, disse que já
foram abertas, com um grupo
estrangeiro, conversas para
instalação de uma unidade
com capacidade instalada de 8
milhões de tonelada/ano. A
LLX não teria participação na
usina, que seria integralmente do investidor estrangeiro.
Somada à outra siderúrgica
que deverá ser construída em
parceria com a chinesa Wisco,
a produção de aço no porto do
Açu será de 13 milhões de toneladas anuais. Na última
quinta-feira, o dirigente da
China, Hu Jintao, e Eike Batista firmaram protocolo de
intenções para a instalação da
usina. Os chineses entrarão
com 70% do investimento
previsto de US$ 5 bilhões,
com Batista ficando responsável pelo restante.
Lazcano disse que há um
acordo de confidencialidade
sobre a negociação com o pretendente da outra siderúrgica
e a expectativa é que um acordo seja fechado neste ano.
Em relação ao negócio com
os chineses, o executivo informou que os trâmites legais estão "extremamente avançados". Os chineses estão fazendo os estudos de viabilidade
financeira, e Lazcano afirmou
que o contrato para tirar a usina do papel deve ser fechado
também no final deste ano.
"Acho que o anúncio da segunda siderúrgica sai junto
com os chineses", declarou.
Lazcano ciceroneou o vice-ministro do Comércio da China, Jiang Yaopeng, e uma comitiva de cem empresários
chineses em visita ao porto do
Açu, na manhã de ontem. Ao
todo, o porto do Açu tem investimentos totais estimados
em pouco mais de US$ 40 bilhões, com início das operações previsto para 2012.
Yaopeng disse que Brasil e
China têm confiança política
mútua e destacou o aumento
das trocas comerciais entre os
dois países. No ano passado, o
fluxo de negócios entre Brasil
e China somou US$ 42,4 bilhões. "As empresas chinesas
contrataram US$ 4,8 bilhões
em obras no Brasil, dos quais
US$ 3,6 bilhões já foram concluídos. As economias dos
países têm grande complementaridade", observou.
A LLX firmou memorando
de entendimentos com as petrolíferas Shell e Devon -recentemente adquirida pela
BP- para a construção de
uma unidade de tratamento
para até 1,2 milhão de barris
diários de petróleo, que serviria basicamente para "limpar"
o petróleo extraído da bacia
de Campos, separando o óleo
da água. Lazcano explicou
que, com o tratamento feito
no porto, as empresas reduziriam os custos de frete do petróleo que seria embarcado
por ali. A OGX, empresa de petróleo do grupo EBX, também
utilizaria a estrutura.
O jornalista CIRILO JUNIOR
viajou a convite da LLX
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