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Patrimônio de fundos soma
R$ 1 trilhão
DA REPORTAGEM LOCAL
A indústria de fundos de
investimento bateu ontem a
marca histórica de R$ 1 trilhão em patrimônio líquido
no Brasil, segundo a Anbid
(Associação Nacional dos
Bancos de Investimento).
O recorde acontece mesmo após a perda líquida de
R$ 6,339 bilhões neste ano
dos fundos DI, a aplicação
mais popular depois da poupança, devido aos juros menores. Até o dia 11 de maio,
último dado, os fundos brasileiros de investimento somavam R$ 1,001 trilhão.
Para Marcelo Giufrida, vice-presidente da Anbid, a
captação recorde é resultado
da maior transparência na
gestão, que foi acompanhada
de um aumento na rentabilidade dos fundos. "Os gestores foram felizes na performance dos fundos. O momento atual é de comemoração, mas exige também uma
reflexão sobre a responsabilidade com a gestão", disse.
No período, ele destaca a
consolidação da indústria de
fundos, que viveu uma fase
de fusões e aquisições na
área de gestão de recursos.
"Os melhores fundos, que tiveram melhor performance
sobreviveram. É darwinista
mesmo", disse.
A Anbid destaca o crescimento na captação dos fundos mais sofisticados, como
os multimercados referenciados em renda variável,
que somou R$ 21,378 bilhões
nos últimos 360 dias. No período, esses fundos deram
um rendimento médio de
20,63% para o investidor.
Com a alta da Bolsa, os
fundos de ações tiveram captação de R$ 11,1 bilhões nos
últimos 12 meses, sendo que
os referenciados no Ibovespa
deram rendimento médio de
27% para os cotistas.
Bovespa bate recorde
O mercado acionário reagiu com apatia à elevação da
classificação de risco feita
pela Fitch Ratings na semana passada, mas não resistiu
ontem à euforia quando a
agência Standard & Poor's
também colocou o Brasil a
apenas um passo do grau de
investimento.
A Bovespa subiu 2,41% ontem, batendo novo recorde
em pontos: 51.737. Isso significa que as companhias listadas no mercado acionário
nunca valeram tanto.
Também colaborou com o
otimismo a percepção cada
vez mais dominante de que
os juros terão de cair com
maior velocidade em breve.
Com exceção dos mais ortodoxos, grande parte do mercado já espera um corte de
0,5 ponto -há até os que defendem um corte maior, de
0,75 ponto, na próxima reunião do Copom. Os juros Selic estão em 12,5% ao ano.
(TONI SCIARRETTA)
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