São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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Patrimônio de fundos soma R$ 1 trilhão

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria de fundos de investimento bateu ontem a marca histórica de R$ 1 trilhão em patrimônio líquido no Brasil, segundo a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
O recorde acontece mesmo após a perda líquida de R$ 6,339 bilhões neste ano dos fundos DI, a aplicação mais popular depois da poupança, devido aos juros menores. Até o dia 11 de maio, último dado, os fundos brasileiros de investimento somavam R$ 1,001 trilhão.
Para Marcelo Giufrida, vice-presidente da Anbid, a captação recorde é resultado da maior transparência na gestão, que foi acompanhada de um aumento na rentabilidade dos fundos. "Os gestores foram felizes na performance dos fundos. O momento atual é de comemoração, mas exige também uma reflexão sobre a responsabilidade com a gestão", disse.
No período, ele destaca a consolidação da indústria de fundos, que viveu uma fase de fusões e aquisições na área de gestão de recursos. "Os melhores fundos, que tiveram melhor performance sobreviveram. É darwinista mesmo", disse.
A Anbid destaca o crescimento na captação dos fundos mais sofisticados, como os multimercados referenciados em renda variável, que somou R$ 21,378 bilhões nos últimos 360 dias. No período, esses fundos deram um rendimento médio de 20,63% para o investidor.
Com a alta da Bolsa, os fundos de ações tiveram captação de R$ 11,1 bilhões nos últimos 12 meses, sendo que os referenciados no Ibovespa deram rendimento médio de 27% para os cotistas.

Bovespa bate recorde
O mercado acionário reagiu com apatia à elevação da classificação de risco feita pela Fitch Ratings na semana passada, mas não resistiu ontem à euforia quando a agência Standard & Poor's também colocou o Brasil a apenas um passo do grau de investimento.
A Bovespa subiu 2,41% ontem, batendo novo recorde em pontos: 51.737. Isso significa que as companhias listadas no mercado acionário nunca valeram tanto.
Também colaborou com o otimismo a percepção cada vez mais dominante de que os juros terão de cair com maior velocidade em breve. Com exceção dos mais ortodoxos, grande parte do mercado já espera um corte de 0,5 ponto -há até os que defendem um corte maior, de 0,75 ponto, na próxima reunião do Copom. Os juros Selic estão em 12,5% ao ano.
(TONI SCIARRETTA)


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