São Paulo, segunda-feira, 17 de maio de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Uso da capacidade aumenta e estimula indústria a investir

O nível do uso do parque produtivo brasileiro tem crescido a taxas expressivas. Nos próximos meses, pode atingir um patamar similar ou até superior ao observado antes da crise, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O aumento do uso da capacidade instalada na indústria de transformação incentiva os empresários a investir, o que vem ocorrendo rapidamente.
A produção de bens de capital cresce cada vez mais intensamente e, em março, alcançou 38,4%, ante o mesmo mês do ano anterior, segundo a CNI.
O nível de uso da capacidade instalada (UCI), alcançou 82,6% naquele mês, enquanto a importação de bens de capital aumentou 20% em comparação ao mesmo mês de 2009.
A capacidade instalada reflete a quantidade de produtos que uma indústria é capaz de fabricar com as máquinas e unidades que tem. Quanto menor o uso, maior a possibilidade de a indústria atender a um crescimento de demanda sem elevação dos preços.
"A notícia boa é que a UCI e os investimentos estão em alta. Mas os investimentos estão crescendo mais fortemente. Haveria preocupação, se houvesse aumento na demanda e o empresário não investisse", diz segundo Marcelo de Ávila, economista da entidade.
Outro fator que afasta o receio da CNI é que o ritmo da atividade industrial deve apresentar moderação em breve e o indicador de uso da capacidade tende a se estabilizar, afirma.
"Não acreditamos que nos próximos meses, a produção industrial crescerá tanto quanto agora, justamente porque a alta de juros já entrou em vigor", acrescenta Ávila.

Brasil vencerá a Copa do Mundo, diz consultoria

Apesar de muitos torcedores brasileiros não estarem confiantes na escalação de Dunga, consultorias e bancos apostam na vitória da seleção canarinho nesta Copa.
O Brasil é apontado como favorito para ser o campeão, segundo análise econométrica da PricewaterhouseCoopers, no Reino Unido.
"O Brasil é a única equipe que venceu fora de sua região de origem e é classificado em primeiro lugar tanto no histórico de desempenho das Copas como no ranking da Fifa", informa o estudo.
Alemanha, Itália e Argentina também são fortes concorrentes, segundo a Price.
"O estudo não considera emoção nem a convocação de Dunga. O conceito é meramente econométrico", explica Maurício Girardello, sócio da Price no Brasil.
Foram usados parâmetros sociais, econômicos, tradição no esporte e o fato de ser a sede. "A análise mostrou que a população não é estatisticamente importante. Jogar em casa, sim", diz Girardello.
Um relatório do Goldman Sachs também aponta o Brasil como campeão da Copa, com 13,8% de chances.

OCUPADO
Uma empresa de call center de origem norte-americana, a Sykes, dona de um faturamento mundial de US$ 1,2 bilhão em 2009, desembarcou no país no ano passado para preparar sua estratégia de atuação no mercado brasileiro. Já instalada em Curitiba, com 550 posições de atendimento e seis clientes ainda mantidos em sigilo, a Sykes fará seu lançamento oficial no país em agosto. O próximo passo é atingir o mercado paulista, com pelo menos mil posições de atendimento, segundo Alex Franco, que acaba de assumir a direção da empresa no Brasil. A companhia tem 51 mil colaboradores no mundo, presta atendimento em 30 línguas e tem ações cotadas na Nasdaq.

ROMÂNTICO À MODA NOVA
Para o Dia dos Namorados, as floriculturas investem cada vez mais em arranjos com mimos como chocolates, vinhos e até joia. "O cliente quer produtos sofisticados, com um algo a mais", diz Clóvis Souza, sócio da Giuliana Flores. Para Eduardo Casarini, da Flores Online, como as flores morrem, as pessoas querem dar junto um presente, para ser guardado. "Os namorados nunca deixarão de dar flor, mas não será só a flor", diz Casarini. Empresas projetam alta de 40% a 60% das vendas em relação a 2009.

CAI MAIS QUE A BOLSA
Até o final do ano passado, era grande a correlação entre ações da Petrobras e o Ibovespa. De lá para cá, os papéis da petrolífera têm descolado do principal índice da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo. Mais distanciadas, elas ainda seguem a tendência geral do Ibovespa. Mas o mercado se preocupa com a capitalização necessária para a exploração do pré-sal, o que tem feito as ações da estatal caírem mais do que o índice. Se contrair dívidas para poder fazer os investimentos, a Petrobras colocará em risco o selo de investimento não especulativo.


com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK


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