São Paulo, sábado, 17 de junho de 2000


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EXPORTAÇÕES

Brasil dá início ao programa de retenção de café

RICARDO GRINBAUM
DE LONDRES

O programa brasileiro de retenção das exportações de café começou a funcionar ontem. Todo produtor ou atacadista que quiser vender seu produto no exterior terá de deixar 20% da mercadoria em 13 armazéns do governo.
A medida faz parte do plano da Associação dos Países Produtores de Café (APPC), presidida pelo Brasil, de diminuir a oferta do produto no mercado internacional e forçar uma alta na cotação do grão. Hoje, o café está cotado a 60 centavos de dólar por libra-peso, e o objetivo é chegar a 95 centavos por libra-peso.
Maior produtor mundial de café, o Brasil está sendo visto com suspeitas pelo mercado internacional. Muitos comerciantes levantaram dúvidas sobre a real intenção do país ao limitar suas exportações. Sem a participação brasileira, o plano de retenção está condenado ao fracasso.
O governo brasileiro acertou a liberação de R$ 300 milhões para financiamento dos produtores enquanto a mercadoria fica retida nos armazéns públicos.
A liberação da verba foi decidida numa reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN), a pedido do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes. Pelas regras estabelecidas pelo governo, os produtores terão acesso a empréstimos pagando taxas de juros de 9,5% ao ano, contra 18,5% vigentes no mercado.
O secretário-geral da APPC, Robério Silva, diz que a iniciativa é uma prova da seriedade do programa de retenção no país e nega que o dinheiro de financiamento sairá dos cofres públicos, como apontam os críticos do plano.


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