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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Índice de preços do varejo bate recorde em São Paulo
A alta de preços bateu recorde no comércio varejista em
São Paulo em maio. O IPV (Índice de Preços no Varejo), calculado pela Fecomercio, subiu
1,46% no período e teve a maior
alta desde o início da série histórica, em dezembro de 2004.
O aumento acumulado do
IPV é de 2,21% no ano e de
4,92% em 12 meses. A Fecomercio diz que a pressão da inflação deve continuar nos próximos meses em razão da acomodação dos preços em um nível mais alto.
Até o primeiro trimestre, a
alta no varejo estava concentrada, principalmente, nos alimentos. A partir de abril, o índice mostra que a inflação se
espalhou por outros produtos.
Excluindo os alimentos, o índice teve alta acumulada de 1,19%
até o mês passado.
Em maio, apenas 3 dos 21
grupos monitorados tiveram
queda de preço. Os principais
responsáveis pela alta recorde
foram os supermercados, as
feiras e os açougues, os materiais de construção e os setores
de vestuário, tecidos e calçados.
O grupo supermercados registrou aumento de 2,48%,
contra alta de 0,10% em abril. O
segmento também bateu recorde desde o início da série.
As maiores variações foram
nos legumes, que subiram
17,25%, seguidas pela alta de
cereais (10,72%), tubérculos
(8,86%), aves (7,35%), verduras
(5,65%) e panificados (5,42%).
A Fecomercio atribui o aumento de preços nos supermercados ao valor das commodities e à instabilidade climática que prejudicou a safra de alguns produtos agrícolas.
Nas feiras, que registraram
alta de 3,29%, os itens "in natura" também foram os que tiveram mais reajustes. A alta acumulada até maio foi de 7,71%.
Com a alta da soja e do milho
e o fim da restrição à importação de uma parcela das carnes
brasileiras, os preços nos açougues foram pressionados e subiram 3,72% no mês passado.
Outra fonte de pressão inflacionária em maio foram os preços dos materiais de construção, que registraram a 11ª alta
seguida e subiram 3,90%. Só
neste ano, os itens já avançaram 6,97%.
O IPV é obtido a partir de dados coletados em 2.000 estabelecimentos comerciais no município de São Paulo, com 21
segmentos varejistas e 450 subitens pesquisados.
NA CARTEIRA
O leasing cresceu 109,16% em abril, segundo a Associação Brasileira de Leasing. O saldo do valor presente da
carteira de leasing alcançou R$ 81,438 bilhões. Na comparação com março, a evolução foi de 7,10%.
Os novos negócios somaram R$ 8,169 bilhões, com alta de
156,80% ante abril de 2007. O valor de novos negócios fechados acumulado no ano foi de R$ 26,982 bilhões.
FARO FINO
Circulam rumores na Vale
de que o melhor negócio para a gigante brasileira não
seria a compra da mineradora Anglo American, e sim a
da Freeport-McMoRan, segunda maior produtora
mundial de cobre.
BAGAÇO
O grupo Equipav fechou
um contrato de US$ 250 milhões com a International
Paper para fornecimento de
energia gerada a partir do
bagaço e da palha de cana-de-açúcar durante os próximos 12 anos.
USINA
O Ibama entrou com pedido para suspender liminar
concedida pela Justiça Federal do Maranhão que pedia revogação da licença para construir a usina de Estreito, entre TO e MA. O
consórcio responsável diz
que não parou as obras porque não foi notificado. A
obra é da Suez, da Vale, da
Alcoa e da Camargo Corrêa.
SAPATINHO
Jorge Donadelli, após três
anos, deixará a presidência
do Sindifranca (da indústria
calçadista de Franca).
NA TAÇA
A Wine Choice lança rede
de franquias e quer atingir
200 lojas em cinco anos. A
próxima unidade será inaugurada no fim de julho, em
Campinas. O quiosque é climatizado e tem 220 rótulos
de vinhos de 20 países.
NO FRASCO
A Química Amparo, dona
da marca Ypê, investiu R$ 5
milhões para implantar o
processo IML ("in molde label"), em que o rótulo é fundido no frasco do produto. A
empresa é a única no setor
de limpeza a ter o sistema.
CÓDIGO SECRETO
Alexandre Corigliano, diretor da Disoft, que lança software para ler um código criptografado que é impresso em folhas de cheque; o símbolo foi patenteado pela Interprint, especializada em produtos de segurança para bancos, e a tecnologia foi lançada no Congresso Internacional de Automação Bancária, em São Paulo; "o produto aumenta a segurança e a confiabilidade dos cheques, e tenho percebido grande interesse dos bancos", diz Corigliano
DISPARADA
A inflação ao consumidor deve continuar em
aceleração e, neste momento, seria temerário
não entrar em alerta, de
acordo com o relatório
da Gradual Corretora,
que usa a evolução recente dos preços da arroba do boi no Brasil como
exemplo para ilustrar a
volta da alta de preços
(veja o gráfico ao lado
com base em dados da
Esalq e da BM&F).
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