São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2008

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Para o presidente, economia brasileira vive "quase o paraíso'

DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Embora tenha manifestado preocupação com a alta dos preços, Lula não deixou de mostrar também o seu contentamento diante dos dados que mostram que o país está crescendo com força. "Este momento que estamos vivendo é quase chegar perto do paraíso. Mais um pouco e estaremos lá", disse ontem durante cerimônia na BM&F Bovespa.
No seu programa de rádio, o presidente afirmou que o país precisa crescer "com responsabilidade" e "sem nenhum sobressalto" para evitar o retorno da inflação. Lula comemorou o anúncio, feito na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de que o PIB (Produto Interno Bruto) do país subiu 5,8% no primeiro trimestre do ano, a maior taxa em um intervalo de 12 meses desde 1996.
Para o presidente, os números mostram que "a economia brasileira está no caminho certo, em um ritmo de crescimento equilibrado e muito sustentável". Mas Lula fez uma ressalva: "É importante que o ritmo da economia acompanhe a demanda, porque, se a gente continuar consumindo mais do que produz, o resultado é que a gente terá inflação".
Lula destacou ainda que o governo continuará trabalhando para que a economia continue "crescendo forte". "[Para que] A gente possa ter um consumo forte, mas não maior do que aquilo que a economia pode atender". Segundo ele, o crescimento do PIB ajudará a fazer com que haja no país mais emprego, salários melhores e crescimento das famílias.
Lula mencionou, em seu discurso em São Paulo, que vislumbra um período de, pelo menos, dez anos de crescimento sustentável no país "para recuperar os 20 anos de não-crescimento".
Presente à homenagem prestada pela Bolsa, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, comentou que o país está entrando em um ciclo virtuoso após a tomada de "medidas duras, porém necessárias para o crescimento". "A consolidação da estabilidade da economia brasileira deu maior previsibilidade, que está levando ao alongamento dos horizontes de planejamento", afirmou.
Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que "os números falam por si". "Hoje o Brasil é um país reconhecido mundialmente, sólido, confiável", afirmou, destacando que a situação do Brasil é melhor do que a de outros países graças às medidas tomadas pelo governo. "Houve uma inversão. No passado, quando os EUA pegavam um resfriado, nós tínhamos uma pneumonia; agora, são os EUA que têm a pneumonia, e nós, apenas um pequeno resfriado. Nosso desafio é enfrentar a crise internacional. Continuaremos crescendo a despeito desse problema." (DG e LS)


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