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Bolsa mostra fôlego para se recuperar e sobe 0,12%
Em dia de alta de juros na
BM&F, dólar cai a R$ 1,626
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa começou a semana com um pregão de fortes oscilações. Após alternar movimentos de alta e baixa, a Bolsa
fechou em terreno positivo,
com pequeno ganho de 0,12%.
Com a elevação nas previsões
do mercado para a Selic e para o
IPCA, apontada na pesquisa semanal do Banco Central, a Bolsa não teve forças para ter um
desempenho mais animador.
Já no mercado de câmbio, o que
se viu foi o dólar recuar para R$
1,626, com baixa de 0,61%, firmando-se em seu menor patamar desde janeiro de 1999.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos
de juros mostraram o incômodo dos investidores com a deterioração das previsões -e as taxas fecharam em alta nos DIs
mais negociados.
No contrato DI (que mostra
os juros futuros) que vence em
12 meses, a taxa subiu de
14,31% para 14,38% ao ano. No
papel com resgate em 18 meses,
a taxa aumentou de 14,84% para 14,92% anuais.
O que a pesquisa semanal Focus, feita pelo BC com cem instituições financeiras, mostrou
foi uma elevação de 14% para
14,25% na previsão da taxa Selic para o fim do ano. Para o
IPCA -índice de inflação utilizado para monitorar a meta do
BC-, houve aumento de 5,55%
para 5,80% na estimativa para a
alta de preços em 2008. Um
IPCA maior eleva as chances de
o Copom (Comitê de Política
Monetária, formado por diretores e o presidente do BC) intensificar o processo de aperto
monetário, subindo os juros.
A taxa básica Selic está atualmente em 12,25%. Analistas
afirmam ser muito remota a
possibilidade de a Selic vir a ser
reduzida antes do segundo semestre de 2009.
Na primeira hora de pregão, a
Bovespa chegou a recuar 1,15%,
para 66.430 pontos. Uma melhora só foi sentida no decorrer
do pregão. O índice Ibovespa, o
mais relevante da Bolsa, encerrou a 67.284 pontos.
Com o atual processo de elevação das taxas de juros praticadas no país, o mercado acionário pode começar a sentir
maiores dificuldades para
atrair os investidores. Como esse segmento carrega riscos
muito superiores ao representado pelas aplicações de renda
fixa, os investidores podem optar por deixar a Bolsa em segundo plano.
Ao menos neste mês o investidor pessoa física ainda tem
mantido suas aplicações em
Bolsa. Segundo o último levantamento da Bovespa, referente
ao dia 11, o investidor pessoa física mais comprou que vendeu
ações no mês no montante de
R$ 3,39 bilhões.
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