São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 2009

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Greve do INSS afeta perícias e atendimento em São Paulo

Paralisação vai continuar hoje; quem tem hora marcada deve ir a agências

do AGORA
da FOLHA ONLINE

Com o início da greve nas agências do INSS, que continua hoje, 6.125 segurados ficaram sem atendimento ontem no Estado de São Paulo -cerca de 12% da média de 51,7 mil atendimentos por dia.
Os funcionários do INSS não aceitam o aumento da jornada de 30 para 40 horas semanais. Eles reivindicam também a elaboração de um plano de carreira e a realização de concurso público para a contratação de novos funcionários.
No país, de 962 agências pesquisadas pelo INSS, 27 pararam e 98 funcionaram parcialmente. Para o Sinsprev-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência), a adesão à greve foi de 60% na capital; 17 Estados aderiram.
Quem tinha perícia marcada também ficou sem atendimento, apesar de os peritos não estarem em greve. Os exames não foram feitos porque não havia servidores no atendimento.
O posto do Glicério (região central da capital paulista), exclusivo para perícias, parou. Cerca de 700 segurados ficaram sem a consulta.
Segundo o INSS, quem tem perícia ou atendimento marcado para hoje deve ir ao posto. Se houver greve, outra data será marcada. Para efeito de concessão do benefício, será considerada a data do primeiro agendamento.

STF diz que é abusiva
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que a greve é abusiva e impôs ao sindicato a multa diária de R$ 100 mil em caso de paralisação. Os servidores tentam recorrer da decisão. O INSS também considera a greve abusiva e diz que fez acordo com os funcionários sobre a jornada.
A Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), que reúne dados de todos os sindicatos de funcionários no país, não tinha um balanço oficial da paralisação. A entidade ressalta que os Estados que aderiram à greve respondem por 90% dos atendimentos.
Além do Distrito Federal, os Estados que adeririam à greve são Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Piauí, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Ceará, Pará, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Sergipe, Amazonas e São Paulo.
Sobre a adesão ao movimento em São Paulo, segundo o Sinsprev-SP, das 48 agências da capital, 27 aderiram parcial ou integralmente à paralisação. No interior, das 132 agências, outras 27 teriam aderido.
Segundo dados da assessoria da Previdência, das 48 agências em São Paulo, 15 pararam parcialmente, realizando perícias agendadas, e apenas 4 fecharam. Já no interior, a adesão foi menor ainda: das 132 agências, 9 pararam parcialmente e apenas uma fechou as portas.
No Rio, segundo o Sindsprev-RJ, a greve deixou mais de 90 postos no Estado parcialmente paralisados. Apenas os atendimentos agendados de perícia médica foram feitos.


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