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Greve do INSS afeta perícias e atendimento em São Paulo
Paralisação vai continuar hoje; quem tem hora marcada deve ir a agências
do AGORA da FOLHA ONLINE
Com o início da greve nas
agências do INSS, que continua
hoje, 6.125 segurados ficaram
sem atendimento ontem no Estado de São Paulo -cerca de
12% da média de 51,7 mil atendimentos por dia.
Os funcionários do INSS não
aceitam o aumento da jornada
de 30 para 40 horas semanais.
Eles reivindicam também a elaboração de um plano de carreira e a realização de concurso
público para a contratação de
novos funcionários.
No país, de 962 agências pesquisadas pelo INSS, 27 pararam e 98 funcionaram parcialmente. Para o Sinsprev-SP
(Sindicato dos Trabalhadores
em Saúde e Previdência), a adesão à greve foi de 60% na capital; 17 Estados aderiram.
Quem tinha perícia marcada
também ficou sem atendimento, apesar de os peritos não estarem em greve. Os exames não
foram feitos porque não havia
servidores no atendimento.
O posto do Glicério (região
central da capital paulista), exclusivo para perícias, parou.
Cerca de 700 segurados ficaram sem a consulta.
Segundo o INSS, quem tem
perícia ou atendimento marcado para hoje deve ir ao posto. Se
houver greve, outra data será
marcada. Para efeito de concessão do benefício, será considerada a data do primeiro agendamento.
STF diz que é abusiva
O Superior Tribunal de Justiça já decidiu que a greve é
abusiva e impôs ao sindicato a
multa diária de R$ 100 mil em
caso de paralisação. Os servidores tentam recorrer da decisão.
O INSS também considera a
greve abusiva e diz que fez acordo com os funcionários sobre a
jornada.
A Fenasps (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social),
que reúne dados de todos os
sindicatos de funcionários no
país, não tinha um balanço oficial da paralisação. A entidade
ressalta que os Estados que
aderiram à greve respondem
por 90% dos atendimentos.
Além do Distrito Federal, os
Estados que adeririam à greve
são Paraná, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, Rio Grande do
Norte, Minas Gerais, Piauí, Espírito Santo, Rio de Janeiro,
Ceará, Pará, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Sergipe,
Amazonas e São Paulo.
Sobre a adesão ao movimento em São Paulo, segundo o
Sinsprev-SP, das 48 agências da
capital, 27 aderiram parcial ou
integralmente à paralisação.
No interior, das 132 agências,
outras 27 teriam aderido.
Segundo dados da assessoria
da Previdência, das 48 agências
em São Paulo, 15 pararam parcialmente, realizando perícias
agendadas, e apenas 4 fecharam. Já no interior, a adesão foi
menor ainda: das 132 agências,
9 pararam parcialmente e apenas uma fechou as portas.
No Rio, segundo o Sindsprev-RJ, a greve deixou mais de 90
postos no Estado parcialmente
paralisados. Apenas os atendimentos agendados de perícia
médica foram feitos.
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