São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 2009

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Bolsa volta a cair e acumula desvalorização de 3,7% no mês

Dados da indústria dos EUA desanimam; dólar vai a R$ 1,966

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo encarou mais um pregão de perdas. Como ocorreu anteontem, o cenário externo menos animado ditou o rumo dos negócios no mercado financeiro local: enquanto a Bovespa caiu 1,59%, o dólar encerrou as operações em alta de 0,67%, cotado a R$ 1,966.
Nas primeiras horas de pregão, a impressão era que o dia poderia ser diferente, pois o índice Ibovespa (que agrupa as 65 ações brasileiras de maior peso) chegou a computar apreciação de 0,88%. Porém o mercado de ações perdeu fôlego nos Estados Unidos e acabou por esfriar os ânimos dos investidores no Brasil.
O mercado concentrou suas atenções em dados da economia norte-americana apresentados ontem, que mostraram números tanto animadores quanto decepcionantes.
Primeiro, os investidores comemoraram o resultado da construção de moradias nos EUA, que deu um salto 17,2% em maio. Mas depois desanimaram com os números da indústria, cuja produção recuou 1,1% no mês, o que reacendeu os temores sobre o ritmo de recuperação da maior economia do mundo. Também desagradou a utilização da capacidade instalada da indústria do país, que desceu a seu mais baixo nível desde 1967.
Ainda nos EUA, foi divulgado o PPI (índice de preços ao produtor), que mostrou aumento de 0,2% no mês passado.
O resultado das Bolsas nos EUA foi parecido com o registrado no Brasil: o índice Dow Jones teve queda de 1,25%, e a Nasdaq recuou 1,11%.
Na Europa, se o dia foi um pouco melhor, não chegou a ser muito positivo. A Bolsa de Londres subiu, mas apenas 0,06%; em Frankfurt, a alta registrada foi de 0,02%.
No acumulado do mês, a Bovespa passou a ficar em situação pior que a vivida pelas maiores Bolsas do mundo. Com queda de 3,74% em junho, a Bolsa brasileira sofre perdas mais fortes que a registrada por Londres (-2,02%); em Nova York, o Dow Jones resiste no azul, com leve alta de 0,05% no mês; em Tóquio, a alta no período é de 2,42%.
Ao menos o resultado da Bolsa local no ano -quando acumula valorização de 36,37%- ainda é destaque: para o índice americano Dow Jones, o resultado anual é de queda de 3,10%; em Londres, o recuo no período está em 2,38%.

Mais perdas
A maioria das ações do Ibovespa terminou com desvalorização ontem: dos 65 papéis do índice, 50 recuaram.
Como no pregão anterior, entre os destaques de perdas da Bolsa ficou o setor de siderurgia e mineração. Na lista das maiores baixas de ontem, apareceram Usimimas ON, que caiu 5,24%, Gerdau PN (-3,64%) e Companhia Siderúrgica Nacional ON (-3,57%).
Para as ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas da Bolsa doméstica, o dia também foi de queda, de 2,25%.
Em Nova York, o barril de petróleo registrou leve baixa, de 0,21%, cotado a US$ 70,47.
Na outra ponta, ficaram os papéis Light ON, com alta de 3,76%, Eletropaulo PNB, que subiu 3,49%, e VCP PN (2%).


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