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RECALL DE EMPRESAS
Alterações serão vetadas, diz relator
Mudanças pretendidas pelo governo podem ficar fora da Lei de Falências
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O relator do projeto da nova Lei
de Falências, deputado Osvaldo
Biolchi (PMDB-RS), confirmou
que hoje, finalmente, lerá em plenário o seu texto, de forma a permitir sua votação na próxima terça. Mais uma vez, porém, Biolchi
afirmou que não acatará várias
das alterações defendidas pelo governo.
O projeto, prioridade mais imediata da agenda legislativa da
equipe econômica, vive uma situação inusitada: não se sabe exatamente o que será apresentado
por Biolchi, que, entre pressões
do Planalto e demonstrações retóricas de independência, tem feito alterações diárias no texto.
Irritados com o relator, os governistas se articulam para alterar
o projeto, mas numa operação
que não melindre o PMDB, também da base aliada.
"Se eles quiserem mudar [o projeto de lei], que mudem", disse
Biolchi.
De maneira geral, a equipe do
ministro Antonio Palocci Filho
(Fazenda) quer uma lei capaz de
desburocratizar e agilizar as falências e concordatas e dar mais garantias aos credores. Acredita-se
que, assim, os bancos poderão reduzir os juros dos empréstimos a
empresas e consumidores.
Já Biolchi avalia que o ponto
principal do projeto é o mecanismo da recuperação judicial, destinado a substituir a concordata e
evitar o fechamento de empresas
viáveis. E afirma não ver sentido
em reduzir o papel do Poder Judiciário no processo.
Ele disse que descarta até mudanças dadas como já negociadas
pelos governistas, como o prazo
máximo para o processo de recuperação judicial para as micro e
pequenas empresas -o governo
quer 24 meses, e o relator insiste
em 48 meses.
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