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COMÉRCIO EXTERIOR
Manufaturados impulsionarão as vendas externas, que chegarão a US$ 90 bilhões, estima AEB
Exportador já prevê saldo comercial de US$ 31 bi em 2004
DA SUCURSAL DO RIO
A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), principal
entidade empresarial da área de
exportações e importações do
país, divulgou ontem uma nova
estimativa para o desempenho do
comércio exterior do país: prevê
exportações de US$ 90,660 bilhões -aumento de 24% sobre o
recorde de US$ 73,084 bilhões do
ano passado.
O saldo da balança comercial
também será recorde, segundo a
previsão -atingirá US$ 31,060
bilhões e superará em 25,1% os
US$ 24,831 bilhões do ano passado. As importações, se confirmados os cálculos da AEB, ficarão
muito próximas do recorde de
1997 (US$ 59,747 bilhões) e alcançarão US$ 59,600 bilhões.
Com os números, a corrente de
comércio do país (exportações
mais importações) também será a
maior da história, ao alcançar
US$ 150,260 bilhões. As vendas de
produtos manufaturados para o
exterior crescerão 28,3% em 2004
e serão as maiores responsáveis
pelo aumento das exportações.
Segundo a previsão da AEB, elas
alcançarão US$ 50,890 bilhões, ou
56,1% do total exportado.
A previsão anterior da entidade
havia sido feita no dia 7 de janeiro
deste ano. Nela, as exportações
também bateriam recorde, mas
ficariam em US$ 78,890 bilhões.
O vice-presidente da AEB, José
Augusto de Castro, disse que o dinamismo das exportações de manufaturados é o principal responsável pela revisão dos números,
mas ressaltou que as vendas de
produtos básicos também crescerão muito (23,8%) sobre o ano
passado.
O crescimento das vendas dos
produtos básicos vai ocorrer, segundo a entidade, mesmo com
perdas de US$ 2,5 bilhões com a
redução do volume vendido no
complexo soja. Segundo ele, está
havendo neste ano ganhos significativos em outros produtos básicos, especialmente nas vendas de
minério de ferro, petróleo e de
carnes em geral.
A previsão da AEB leva em conta também que, historicamente,
as exportações brasileiras são
maiores no segundo semestre do
que no primeiro. Nos últimos dez
anos, somente em 1998 isso não
ocorreu. Nos primeiros seis meses deste ano, as exportações somaram US$ 43,306 bilhões. A
AEB levou em conta também que
o número de dias úteis no segundo semestre deste ano é de 128,
contra 124 no primeiro.
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