São Paulo, sábado, 17 de julho de 2004

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COMÉRCIO EXTERIOR

Manufaturados impulsionarão as vendas externas, que chegarão a US$ 90 bilhões, estima AEB

Exportador já prevê saldo comercial de US$ 31 bi em 2004

DA SUCURSAL DO RIO

A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), principal entidade empresarial da área de exportações e importações do país, divulgou ontem uma nova estimativa para o desempenho do comércio exterior do país: prevê exportações de US$ 90,660 bilhões -aumento de 24% sobre o recorde de US$ 73,084 bilhões do ano passado.
O saldo da balança comercial também será recorde, segundo a previsão -atingirá US$ 31,060 bilhões e superará em 25,1% os US$ 24,831 bilhões do ano passado. As importações, se confirmados os cálculos da AEB, ficarão muito próximas do recorde de 1997 (US$ 59,747 bilhões) e alcançarão US$ 59,600 bilhões.
Com os números, a corrente de comércio do país (exportações mais importações) também será a maior da história, ao alcançar US$ 150,260 bilhões. As vendas de produtos manufaturados para o exterior crescerão 28,3% em 2004 e serão as maiores responsáveis pelo aumento das exportações. Segundo a previsão da AEB, elas alcançarão US$ 50,890 bilhões, ou 56,1% do total exportado.
A previsão anterior da entidade havia sido feita no dia 7 de janeiro deste ano. Nela, as exportações também bateriam recorde, mas ficariam em US$ 78,890 bilhões.
O vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, disse que o dinamismo das exportações de manufaturados é o principal responsável pela revisão dos números, mas ressaltou que as vendas de produtos básicos também crescerão muito (23,8%) sobre o ano passado.
O crescimento das vendas dos produtos básicos vai ocorrer, segundo a entidade, mesmo com perdas de US$ 2,5 bilhões com a redução do volume vendido no complexo soja. Segundo ele, está havendo neste ano ganhos significativos em outros produtos básicos, especialmente nas vendas de minério de ferro, petróleo e de carnes em geral.
A previsão da AEB leva em conta também que, historicamente, as exportações brasileiras são maiores no segundo semestre do que no primeiro. Nos últimos dez anos, somente em 1998 isso não ocorreu. Nos primeiros seis meses deste ano, as exportações somaram US$ 43,306 bilhões. A AEB levou em conta também que o número de dias úteis no segundo semestre deste ano é de 128, contra 124 no primeiro.


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