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MERCADO FINANCEIRO
Dólar cai para R$ 3,002; risco-país fecha abaixo dos 600 pontos pela primeira vez desde abril
Em semana de euforia, Bolsa sobe 7,47%
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana foi de forte recuperação no mercado doméstico. A Bovespa registrou valorização de
7,47%, enquanto dólar, risco-país
e juros futuros caíram no período.
Dados sobre a inflação nos Estados Unidos, que mostraram que a
economia do país está menos
aquecida que o esperado, favoreceram os negócios com títulos
brasileiros no exterior.
Internamente, foram divulgados nos últimos dias números
que apontam retomada da economia do país.
O dólar caiu 1,28% na semana e
encerrou ontem vendido a R$
3,002, menor valor desde o início
de maio.
O risco-país recuou para seu
menor patamar desde abril. O indicador encerrou o dia aos 583
pontos, com queda de 3,95%.
"As próximas semanas devem
ser tranqüilas para o mercado.
Mas não acredito que haja corte
nos juros neste momento. Isso
poderia ser um perigo para a inflação, sem que a atitude favoreça
necessariamente o crescimento",
afirma Rodrigo Boulos, economista do banco Santos.
Entre terça e quarta, o Copom
(Comitê de Política Monetária) se
reúne para decidir como fica a Selic (taxa básica de juros da economia). Hoje a Selic está em 16% ao
ano. No mercado, a expectativa
predominante é de manutenção
da taxa básica de juros.
Na semana, a taxa do contrato
DI -que reflete a oscilação dos
juros praticados entre os bancos- mais negociado recuou de
16,59% para 16,28% anuais no
pregão da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Ganhos expressivos
Na semana positiva que a Bovespa atravessou, algumas ações
registraram valorizações bastante
elevadas.
Quem mais subiu no período na
Bolsa paulista foi a ação PN da Tele Leste Celular, que disparou
32,46%. Em seguida ficou o papel
PN da Cesp, com valorização de
22,34%. Outro destaque ficou
com a ação ON (com direito a voto) da Eletrobras, que subiu
21,79%.
No pregão de ontem, o Ibovespa fechou aos 22.447 pontos e alcançou o mais alto patamar em
três meses.
Com a alta da semana, a Bolsa
zerou as perdas acumuladas no
ano. Agora, o Ibovespa registra
pequena alta de 0,95% em 2004.
(FABRICIO VIEIRA)
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