São Paulo, terça-feira, 17 de julho de 2007

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outro lado

Ex-dirigente do fisco diz que não há ilegalidades

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel disse que não há nenhuma ilegalidade no fato de funcionários de órgão público se licenciarem de seus cargos para atuarem no setor privado.
Disse que Sandro Martins e Paulo Baltazar Carneiro eram profissionais qualificados e que nada os impedia de voltar à Receita Federal, pois estavam afastados, na ocasião, da empresa na qual tinham sociedade.
"É um caso claríssimo de perseguição pessoal, infrutífera. Lamento que o dinheiro dos contribuintes seja usado dessa forma", disse Everardo, em relação ao procurado Lauro Cardoso.
Everardo disse que desconhece a informação de que Sandro Martins e Paulo Baltazar cederam cotas da empresa Martins Carneiro Consultoria para suas mulheres, voltando a recebê-las posteriormente.
Disse também que não tem conhecimento do parecer técnico atribuído aos dois. Segundo ele, é importante saber se o parecer era de caráter genérico.
"Se era [genérico] e a empresa [OAS] o usou, não vejo problema. Se foi feito para atender aos interesses da empresa, está errado e é preciso ser averiguado", ressaltou o ex-secretário.
Everardo disse estar tranqüilo em relação ao caso e afirmou ter confiança de que vai derrubar mais essa ação na Justiça.
Por meio de sua assessoria, a Receita Federal informou que Sandro Martins está afastado de suas funções por determinação judicial. Acrescentou que não tomou conhecimento da nova ação contra ele, mas ressaltou que, tão logo seja informada oficialmente, acatará o que a Justiça decidir.
A Folha ligou para as residências e os escritórios dos funcionários da OAS Carlos Manoel Laranjeira e César Benedito Pitanga. No primeiro caso, a reportagem foi informada de que ele estava em viagem. No segundo, ninguém atendeu.
A reportagem não conseguiu localizar Sandro Martins nem Paulo Baltazar Carneiro nos números a eles associados na lista telefônica.
Nas diversas outras vezes que a Folha tentou entrar em contato com os dois, em suas residências e em endereços comerciais, nenhum dos dois foi localizado nem telefonou de volta.


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