São Paulo, terça-feira, 17 de julho de 2007

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Indústria de máquinas cresce 7,5% até maio

Setor têxtil tem pior resultado, com queda acumulada de 16%

VERIDIANA SEDEH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A indústria de bens de capital mecânicos teve um faturamento nominal (sem descontar a inflação) de R$ 23,5 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano -um crescimento de 7,5% na comparação com igual período de 2006. Os dados foram divulgados ontem por Newton de Mello, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos Mecânicos).
Segundo Mello, alguns segmentos apresentaram resultados muito ruins, embora o incremento seja significativo. Ele deixa o cargo na próxima sexta e será substituído pelo atual diretor-tesoureiro da instituição, Luiz Aubert Neto.
"O processo de desindustrialização ainda não está ocorrendo, mas vemos que o perigo da doença está se alastrando com o dólar abaixo de R$ 1,90. Se olharmos setor por setor, veremos problemas sérios", diz. Dos 27 segmentos representados pela Abimaq, o que teve pior resultado foi o de máquinas têxteis, com decréscimo de 16%. Mello responsabiliza a entrada de tecidos chineses pela diminuição da produção nacional e conseqüente redução da demanda de máquinas têxteis. "Cada vez é menos lucrativo produzir tecido no Brasil", diz.
No outro extremo, está o segmento de máquinas para madeira, com alta de 75%. Para Mello, esse crescimento se deve ao aumento no consumo de móveis, puxado pelo aquecimento da construção civil.
De janeiro a maio, a balança comercial do setor teve déficit de US$ 1,6 bilhão. Na visão do presidente, o mau desempenho se deve ao câmbio. Ele afirma que o Brasil passou a importar máquinas da Ásia que possuem similares no país.

Máquinas agrícolas
O segmento de máquinas e implementos agrícolas cresceu 33,9% no faturamento nominal nos de janeiro a maio deste ano. "Um crescimento impressionantemente alto, mas que se explica porque a base de 2006 era muito baixa", afirma Mello. Ele ainda destaca a recuperação da cotação de commodities como outro fator para o resultado expressivo.


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