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Indústria de máquinas cresce 7,5% até maio
Setor têxtil tem pior resultado, com queda acumulada de 16%
VERIDIANA SEDEH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A indústria de bens de capital
mecânicos teve um faturamento nominal (sem descontar a
inflação) de R$ 23,5 bilhões nos
primeiros cinco meses deste
ano -um crescimento de 7,5%
na comparação com igual período de 2006. Os dados foram
divulgados ontem por Newton
de Mello, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos Mecânicos).
Segundo Mello, alguns segmentos apresentaram resultados muito ruins, embora o incremento seja significativo. Ele
deixa o cargo na próxima sexta
e será substituído pelo atual diretor-tesoureiro da instituição,
Luiz Aubert Neto.
"O processo de desindustrialização ainda não está ocorrendo, mas vemos que o perigo da
doença está se alastrando com
o dólar abaixo de R$ 1,90. Se
olharmos setor por setor, veremos problemas sérios", diz.
Dos 27 segmentos representados pela Abimaq, o que teve
pior resultado foi o de máquinas têxteis, com decréscimo de
16%. Mello responsabiliza a entrada de tecidos chineses pela
diminuição da produção nacional e conseqüente redução da
demanda de máquinas têxteis.
"Cada vez é menos lucrativo
produzir tecido no Brasil", diz.
No outro extremo, está o segmento de máquinas para madeira, com alta de 75%. Para
Mello, esse crescimento se deve ao aumento no consumo de
móveis, puxado pelo aquecimento da construção civil.
De janeiro a maio, a balança
comercial do setor teve déficit
de US$ 1,6 bilhão. Na visão do
presidente, o mau desempenho
se deve ao câmbio. Ele afirma
que o Brasil passou a importar
máquinas da Ásia que possuem
similares no país.
Máquinas agrícolas
O segmento de máquinas e
implementos agrícolas cresceu
33,9% no faturamento nominal
nos de janeiro a maio deste ano.
"Um crescimento impressionantemente alto, mas que se
explica porque a base de 2006
era muito baixa", afirma Mello.
Ele ainda destaca a recuperação da cotação de commodities
como outro fator para o resultado expressivo.
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