São Paulo, terça-feira, 17 de julho de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

BARREIRAS AO BOI...
Os fazendeiros da Irlanda voltaram à carga contra a carne bovina brasileira. Pediram ontem a proibição das importações na Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu. Para eles, a carne tem problemas sanitários, como febre aftosa e uso de hormônios ilegais.

...NÃO ACEITAS
As reclamações não foram aceitas pelo comissário europeu do setor de saúde dos alimentos, Markos Kyprianou. O estudo dos irlandeses foi feito em três Estados, mas, para Kyprianou, em dois deles a UE já proíbe a importação de carne. Em outro, existe proibição parcial. Para ele, os irlandeses não visitaram abatedouros e laboratórios no país.

ESCRITÓRIO
Analistas afirmam que essas campanhas, ora voltadas para produtos de origem animal e ora para produtos vegetais, vão interferir nas exportações brasileiras do agronegócio. Eles sugerem que o país crie escritório em Bruxelas para seguir de perto essas discussões.

EXPORTAÇÕES MAIORES
Enquanto ocorrem discussões sobre a carne brasileira no mercado europeu, o Brasil avança cada vez mais nas vendas externas. As vendas totais da primeira quinzena do mês somam US$ 43 milhões por dia, 34% a mais do que no mesmo período de 2006. Esse valor, no entanto, é 3% inferior ao registrado em junho.

CRESCENTE
Após o recuo no primeiro semestre de 2006, devido à disseminação da gripe aviária em vários países, as exportações brasileiras de frango voltaram a subir. Até junho, somaram US$ 2,15 bilhões, 47% a mais que em igual período de 2006. As maiores altas foram para a UE (81%) e o Oriente Médio (83%).

RITMO FORTE
As importações de adubos e fertilizantes perderam ritmo. Dados da Secex indicaram ontem que os gastos com as compras externas atingiram US$ 15 milhões por dia, 31% menos do que em junho, mas ainda 52% acima dos de julho de 2006.

ACORDO NO ÁLCOOL
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e a Dedini vão investir R$ 100 milhões em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de álcool. O acordo, que será assinado hoje, prevê estudos voltados ao aperfeiçoamento de tecnologias industriais para a transformação da cana em álcool.

CENÁRIO BOM
As boas condições de clima, especialmente no oeste do cinturão de produção de grãos dos EUA, influenciaram os mercados neste início de semana, em Chicago. O milho recuou 5,6%; a soja, 5,4%; e o trigo, 3,1%.


com ÁLVARO FAGUNDES


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