São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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Companhias aéreas dos EUA têm prejuízos bilionários

DA REDAÇÃO

A American Airlines e a Delta Air Lines, duas das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos, tiveram prejuízos bilionários no segundo trimestre deste ano, provocados especialmente pelo aumento no preço do combustível de aviação. O resultado, no entanto, foi menos pior que o previsto por analistas. As ações das duas empresas subiram ontem.
A American Airlines, a maior empresa de aviação dos EUA, perdeu US$ 1,45 bilhão no segundo trimestre. A concorrente Delta teve um prejuízo de US$ 1,04 bilhão. As duas empresas disseram que seus resultados foram prejudicados pela alta do combustível e por gastos extraordinários relacionados a esse aumento.
Segundo a American Airlines, que lucrou US$ 317 milhões no segundo trimestre do ano passado, ela teve uma baixa contábil (revisão no valor de ativos) de US$ 1,1 bilhão na cotação de algumas aeronaves e outros ativos relacionados. Ela disse ainda que seus gastos com combustível de aviação subiram mais de US$ 800 milhões no período de abril a junho em relação aos mesmos meses do ano passado. As ações da empresa subiram 31,97% ontem.
Já a Delta afirmou que teve gastos extraordinários de US$ 1,2 bilhão e que, se não fosse isso, teria lucrado US$ 137 milhões entre abril e julho -neste ano, ela acumula prejuízo de mais de US$ 7 bilhões. A empresa disse ainda que os gastos com combustível cresceram mais de US$ 1 bilhão. No segundo trimestre do ano passado, a companhia, cujas ações tiveram alta de 26,55% ontem, ganhou US$ 1,59 bilhão.
Numa tentativa de amenizar o impacto do aumento do preço dos combustíveis (resultado da alta da cotação do petróleo), as empresas de aviação têm anunciado diversas medidas, como a demissão de funcionários e a retirada de aeronaves. Além disso, algumas, especialmente as dos Estados Unidos, passaram a cobrar pelo check in da primeira bagagem em vôos domésticos, pelo consumo de bebidas não-alcoólicas e até, no caso da Delta, uma taxa nas passagens do seu programa de milhagem. A novidade mais recente foi o uso de publicidade nos bilhetes emitidos on-line.
Ontem, a espanhola Spanair, a segunda maior empresa aérea do país e que pertence ao grupo escandinavo SAS, anunciou que vai reduzir o número de funcionários em cerca de um terço, com a demissão de 1.100 pessoas, e tirar de uso 15 das suas 63 aeronaves. A intenção é economizar 90 milhões até o final do ano que vem.
As companhias de aviação podem perder mais de US$ 6,1 bilhões neste ano devido aos altos preços do petróleo, segundo a Iata (associação mundial que reúne as empresas aéreas). Cada aumento de US$ 1 na cotação do barril eleva os custos em US$ 1,6 bilhão, diz a Iata.


Com agências internacionais


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