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Companhias aéreas dos EUA têm prejuízos bilionários
DA REDAÇÃO
A American Airlines e a Delta
Air Lines, duas das maiores
companhias aéreas dos Estados Unidos, tiveram prejuízos
bilionários no segundo trimestre deste ano, provocados especialmente pelo aumento no
preço do combustível de aviação. O resultado, no entanto, foi
menos pior que o previsto por
analistas. As ações das duas
empresas subiram ontem.
A American Airlines, a maior
empresa de aviação dos EUA,
perdeu US$ 1,45 bilhão no segundo trimestre. A concorrente Delta teve um prejuízo de
US$ 1,04 bilhão. As duas empresas disseram que seus resultados foram prejudicados pela
alta do combustível e por gastos extraordinários relacionados a esse aumento.
Segundo a American Airlines, que lucrou US$ 317 milhões no segundo trimestre do
ano passado, ela teve uma baixa
contábil (revisão no valor de
ativos) de US$ 1,1 bilhão na cotação de algumas aeronaves e
outros ativos relacionados. Ela
disse ainda que seus gastos com
combustível de aviação subiram mais de US$ 800 milhões
no período de abril a junho em
relação aos mesmos meses do
ano passado. As ações da empresa subiram 31,97% ontem.
Já a Delta afirmou que teve
gastos extraordinários de US$
1,2 bilhão e que, se não fosse isso, teria lucrado US$ 137 milhões entre abril e julho -neste
ano, ela acumula prejuízo de
mais de US$ 7 bilhões. A empresa disse ainda que os gastos
com combustível cresceram
mais de US$ 1 bilhão. No segundo trimestre do ano passado, a
companhia, cujas ações tiveram alta de 26,55% ontem, ganhou US$ 1,59 bilhão.
Numa tentativa de amenizar
o impacto do aumento do preço
dos combustíveis (resultado da
alta da cotação do petróleo), as
empresas de aviação têm anunciado diversas medidas, como a
demissão de funcionários e a
retirada de aeronaves. Além
disso, algumas, especialmente
as dos Estados Unidos, passaram a cobrar pelo check in da
primeira bagagem em vôos domésticos, pelo consumo de bebidas não-alcoólicas e até, no
caso da Delta, uma taxa nas
passagens do seu programa de
milhagem. A novidade mais recente foi o uso de publicidade
nos bilhetes emitidos on-line.
Ontem, a espanhola Spanair,
a segunda maior empresa aérea
do país e que pertence ao grupo
escandinavo SAS, anunciou
que vai reduzir o número de
funcionários em cerca de um
terço, com a demissão de 1.100
pessoas, e tirar de uso 15 das
suas 63 aeronaves. A intenção é
economizar 90 milhões até o
final do ano que vem.
As companhias de aviação
podem perder mais de US$ 6,1
bilhões neste ano devido aos altos preços do petróleo, segundo a Iata (associação mundial
que reúne as empresas aéreas).
Cada aumento de US$ 1 na cotação do barril eleva os custos
em US$ 1,6 bilhão, diz a Iata.
Com agências internacionais
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