São Paulo, quinta-feira, 17 de julho de 2008

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Alimentos pressionam, e IGP-10 vai a 2% em julho

Grupo de produtos agrícolas registrou avanço de 4,66%

DA SUCURSAL DO RIO

O IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) subiu 2% em julho, acima da variação apurada em junho (1,96%), segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). Mais uma vez, a persistente alta dos alimentos no atacado foi o principal fator que determinou a alta da inflação.
Diante de aumentos nos preços de soja, milho, bovinos, carnes e aço, o IPA (Índice de Preços por Atacado) registrou alta de 2,54% em julho. Em junho, a variação havia sido menor: 2,21%. O subgrupo dos produtos agrícolas avançou com força em razão desses reajustes. Subiu 4,66% em julho, mais do que os 2,62% de junho.
De acordo com a FGV, os preços no atacado só não pressionaram mais por causa da desaceleração dos alimentos "in natura" -de 8,03% no mês passado para 1,11% em julho.
Apesar da forte alta do aço, os produtos industriais cederam neste mês e registraram variação positiva de 1,71%. Em junho, o subgrupo havia subido 2,06%. Contribuiu para a desaceleração a queda dos aparelhos de telefone celular - -4,66% em julho.
No varejo, os preços também cederam, puxados para baixo principalmente pela retração dos produtos "in natura". O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve alta de 0,65% em julho. Em junho, a variação havia sido de 0,93%.
Dentre os alimentos, os destaques de queda foram mamão papaya (-14,85%), alface (-7,97%), vagem (-9,02%) e banana-prata (-4,71%). A redução de 0,40% na tarifa de energia também ajudou a conter a inflação apurada no varejo, de acordo com a FGV.
Sem grandes pressões de reajustes salariais, o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) também desacelerou. Passou de 2,66% em junho para 1,50% em junho. Os materiais e serviços subiram 1,59% em julho, pouco acima da variação do custo da mão-de-obra (1,40%).


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