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CELULOSE
Aracruz volta a registrar lucro após perda com derivativos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Depois da perda bilionária
sofrida no último trimestre
de 2008 devido a operações
com derivativos cambiais, a
Aracruz voltou a ter lucro.
No segundo trimestre, a
empresa -comprada em janeiro pela Votorantim Celulose e Papel em um negócio
para formar o maior grupo
mundial de produção de celulose- registrou ganhos de
R$ 595,5 milhões.
Com o resultado, a Aracruz inverte a trajetória de
prejuízos provocados pela
desvalorização cambial no
fim de 2008. No último trimestre do ano, a Aracruz
anunciou prejuízo de R$
2,981 bilhões, seguido por
nova perda, de R$ 1,7 milhão,
nos três primeiros meses
deste ano.
De acordo com a empresa,
a valorização de 16% do real
no segundo trimestre foi a
principal razão para a melhora no seu resultado financeiro, uma vez que 69% de
seu endividamento estava
denominado em moeda estrangeira.
A empresa também atribui
o ganho ao resultado operacional. As vendas de celulose
alcançaram 832 mil toneladas, volume recorde para um
segundo trimestre. O resultado representa uma alta de
8% em relação ao mesmo período do ano passado, em razão do forte volume destinado à China.
A receita líquida da Aracruz, porém, chegou a R$ 780
milhões no trimestre, resultado 12% inferior ao registrado no período anterior, por
conta do menor preço líquido de celulose, em reais.
Mas a apreciação cambial
verificada no período recente aliviou o endividamento
da empresa, que fechou em
R$ 8,2 bilhões no segundo
trimestre, queda de R$ 1,3 bilhão em relação ao valor apurado no período anterior.
A Aracruz foi uma das empresas mais afetadas pela crise financeira global. Outras,
como Sadia e Votorantim,
também divulgaram perdas
por conta de operações com
derivativos no ano passado.
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