São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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Votação na Venezuela derruba as cotações

DA REDAÇÃO

A vitória do presidente venezuelano Hugo Chávez no referendo de domingo, que decidiu pela sua permanência no poder, foi bem recebida pelo mercado ontem, e as cotações do petróleo recuaram em relação aos recordes atingidos na sexta-feira.
Nos dias que antecederam o referendo, havia o temor de investidores de que uma eventual vitória da oposição pudesse causar a interrupção da produção do país, membro da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e quinta nação que mais vende o produto ao exterior.
Depois de registrar novo recorde "intraday" (que considera a variação durante o dia) no início do pregão, o barril para entrega em setembro recuou 1,14% em Nova York, para US$ 46,05.
Oscilação semelhante ocorreu em Londres, na Bolsa Internacional do Petróleo. O barril do tipo Brent, de referência na Europa, começou o dia em alta, chegando a US$ 44,11, mas, depois, fechou em queda de 0,48%, a US$ 43,67.
"Em termos de estabilidade e segurança, as empresas se sentem em situação mais cômoda [com a vitória de Chávez], pois as pessoas com quem têm costume de negociar [na Venezuela] seguem em seus cargos", afirmou Frank Verrastro, do banco Wachovia.
Embora as incertezas sobre o fornecimento no Iraque ainda persistam, o mercado teve outra notícia positiva ontem da Yukos, a maior petrolífera russa.
O presidente da companhia, Viktor Gerashchenko, disse que ela terá permissão do governo russo para produzir e vender petróleo até o fim de setembro.
Para o executivo, a decisão de permitir que a Yukos continue a operar permitirá ao governo se beneficiar das cotações recordes do petróleo. "Fontes nos disseram que existe uma ordem para deixar a empresa honrar seus contratos no curto prazo", declarou.


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