São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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Gasolina poderá subir ainda nesta semana

DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Petrobras tende a anunciar ainda nesta semana um novo aumento dos combustíveis em suas refinarias. A intenção inicial do governo era segurar o reajuste ao máximo, mas a consolidação do preço internacional do petróleo no patamar de US$ 45 o barril provocou a mudança de planos, segundo a Folha apurou.
O dia do reajuste pode ser definido hoje, quando o presidente da estatal, José Eduardo Dutra, volta de uma viagem ao Paraná.
No caso da gasolina, o aumento nas refinarias deve ficar em torno de 10%. Por causa de questões tributárias e da mistura com o álcool, o reajuste nos postos, que pesa no bolso do consumidor, costuma ser bem menor.
Contrariando os rumores fortes, a ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) afirmou que não há previsão para um novo aumento no preço dos combustíveis no Brasil. Segundo ela, na Petrobras ainda não houve sinalização sobre o assunto.
"A Petrobras não deu nenhum sinal do que ela acha que é a tendência. Hoje, mais uma vez [o preço do petróleo] oscilou. Depois que os jornais anunciaram que o [Hugo] Chávez [presidente da Venezuela] venceu o plebiscito, houve uma diminuição [no preço do petróleo]. O mercado do petróleo é isso mesmo, é volátil."
Para a ministra, a vitória de Chávez pode alterar a situação do preço barril de petróleo. Em plebiscito realizado no domingo, os venezuelanos decidiram pela continuidade do mandato de Chávez.
O primeiro aumento de combustíveis no governo Lula foi anunciado no dia 14 de junho passado: a gasolina subiu 10,8% e o diesel,10,6%. Na época, o preço internacional do barril havia se estabilizado na faixa de US$ 35, depois de três meses de turbulências em que o barril chegara a passar de US$ 40.


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