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MERCADO FINANCEIRO
Preocupação é com efeito da alta do petróleo na inflação; Bolsa de SP avança 1,69% e dólar cai a R$ 3,008
Para analistas, Selic só volta a cair em 2005
DA REPORTAGEM LOCAL
O Copom (Comitê de Política
Monetária) se reúne entre hoje e
amanhã para definir a taxa básica
de juros da economia. No mercado, há o consenso de que a taxa vá
ser mantida em 16% ao ano.
O que se discute agora é como
se comportará a taxa daqui para a
frente. O petróleo em níveis elevados no mercado internacional pode acabar em reajustes dos preços
internos dos combustíveis. E, se a
inflação for ameaçada, o Banco
Central poderá optar por elevar as
taxas de juros para deter a alta dos
preços.
Para o departamento de estudos
econômicos do Bradesco, o Copom deve manter a Selic (taxa básica) inalterada até o fim do ano.
"Reduções da taxa Selic devem
ser retomadas somente no 1º trimestre do próximo ano," diz o
banco em relatório.
Com o consenso do mercado
em torno da decisão do Copom,
as projeções dos juros futuros de
curto prazo pouco oscilaram na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros).
Nos contratos com prazos de
resgates mais longos, as taxas recuaram um pouco. O contrato
mais negociado -o DI com prazo em janeiro- fechou com taxa
de 16,62%, ante 16,70% no pregão
de sexta-feira.
Com a alta das Bolsas nos Estados Unidos e o petróleo em baixa,
o mercado doméstico teve um dia
tranqüilo. As atenções dos investidores estão agora voltadas para
a decisão no STF (Supremo Tribunal Federal) em relação à cobrança previdenciária dos servidores inativos.
Ações
A Bolsa de Valores de São Paulo
encerrou o pregão com alta de
1,69%. Ontem, houve exercício de
opções na Bovespa, que movimentou R$ 500,5 milhões do R$
1,5 bilhão negociado no pregão. O
exercício de opções foi o menor
desde maio.
Ontem, o Ibovespa fechou aos
21.763 pontos.
Segundo levantamento feito pela consultoria Thomson Financial, o Ibovespa teria potencial para valorizar-se 37,5% em um período de 12 meses. A estimativa
foi obtida pela média de projeções
feitas por 18 corretoras e bancos
de investimento. O setor de telecomunicações apresenta o maior
potencial de valorização para o
período (51,7%).
O dólar recuou 0,43%, vendido
a R$ 3,008 no final das operações.
(FABRICIO VIEIRA)
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