São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Preocupação é com efeito da alta do petróleo na inflação; Bolsa de SP avança 1,69% e dólar cai a R$ 3,008

Para analistas, Selic só volta a cair em 2005

DA REPORTAGEM LOCAL

O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne entre hoje e amanhã para definir a taxa básica de juros da economia. No mercado, há o consenso de que a taxa vá ser mantida em 16% ao ano.
O que se discute agora é como se comportará a taxa daqui para a frente. O petróleo em níveis elevados no mercado internacional pode acabar em reajustes dos preços internos dos combustíveis. E, se a inflação for ameaçada, o Banco Central poderá optar por elevar as taxas de juros para deter a alta dos preços.
Para o departamento de estudos econômicos do Bradesco, o Copom deve manter a Selic (taxa básica) inalterada até o fim do ano. "Reduções da taxa Selic devem ser retomadas somente no 1º trimestre do próximo ano," diz o banco em relatório.
Com o consenso do mercado em torno da decisão do Copom, as projeções dos juros futuros de curto prazo pouco oscilaram na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
Nos contratos com prazos de resgates mais longos, as taxas recuaram um pouco. O contrato mais negociado -o DI com prazo em janeiro- fechou com taxa de 16,62%, ante 16,70% no pregão de sexta-feira.
Com a alta das Bolsas nos Estados Unidos e o petróleo em baixa, o mercado doméstico teve um dia tranqüilo. As atenções dos investidores estão agora voltadas para a decisão no STF (Supremo Tribunal Federal) em relação à cobrança previdenciária dos servidores inativos.

Ações
A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão com alta de 1,69%. Ontem, houve exercício de opções na Bovespa, que movimentou R$ 500,5 milhões do R$ 1,5 bilhão negociado no pregão. O exercício de opções foi o menor desde maio.
Ontem, o Ibovespa fechou aos 21.763 pontos.
Segundo levantamento feito pela consultoria Thomson Financial, o Ibovespa teria potencial para valorizar-se 37,5% em um período de 12 meses. A estimativa foi obtida pela média de projeções feitas por 18 corretoras e bancos de investimento. O setor de telecomunicações apresenta o maior potencial de valorização para o período (51,7%).
O dólar recuou 0,43%, vendido a R$ 3,008 no final das operações.
(FABRICIO VIEIRA)


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