São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Outro lado

Marcas negam esquema ou não comentam

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas envolvidas na ação da Polícia Federal foram procuradas ontem pela Folha para se posicionar sobre as acusações de crime fiscal. A maior parte delas disse ainda estar prestando esclarecimentos às autoridades ou não quis se manifestar. Outras empresas negam.
As companhias procuradas tiveram o nome citado pela PF na lista de investigados ou estão envolvidas no caso, apurou a Folha. Procurada pela reportagem, a Shoptime -empresa da Lojas Americanas- informa que "tomou conhecimento do envolvimento de sua marca pela imprensa e que desconhece a informação de que algum de seus fornecedores esteja envolvido em atividade ilícita".
A Daslu informou que "nunca fez negócios com a Opus Trading", importadora que integrava um esquema de sonegação desbaratado ontem na operação Dilúvio. A trading teria sido utilizada pela butique até meados de 2005.
"A Daslu trabalha hoje com mais de 300 fornecedores e nenhuma dessas empresas é objeto de investigação da operação Dilúvio", informou a butique. A PF também informou que o esquema de sonegação teria sido utilizado por fornecedores do empresário Law Kin Chong, apontado como o principal contrabandista do Brasil. O advogado de Law, Aldo Bonametti, disse que não tinha conhecimento da operação ou do envolvimento de Law.
A Folha não conseguiu localizar o advogado de Marco Antonio Mansur, que supostamente atuava como chefe do esquema em São Paulo. Numa das empresas dele, a Opus Trading, um funcionário disse não saber quem defendia Mansur.
Também procurada, a Elgin não respondeu ao questionamento até o fechamento desta edição. A Britânia disse que não iria se manifestar oficialmente. A Maxwell e a Gráfica Cinco Irmãos não foram localizadas. A Plena Comercial Atacadista, que distribui as mercadorias importadas da Sharp, foi procurada em seu escritório, em São Paulo. Mas os responsáveis não foram encontrados.
A Cil Comércio de Informática informou que se pronunciaria ontem, mas isso não aconteceu. O grupo Via Veneto, dona das marcas Brooksfield, Via Veneto e Harry's, informa que "não tem nada a declarar sobre o assunto neste momento" e que a área jurídica está estuda a questão. A joalheria H. Stern não localizou a direção para comentar o caso.


Texto Anterior: Grupo é acusado de sonegar R$ 500 mi
Próximo Texto: Bastos nega que PF tenha antecipado cronograma de ações para ajudar Lula
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.