São Paulo, sexta-feira, 17 de agosto de 2007

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Mercados têm dia mais tenso desde início da crise

Após abrirem com fortes quedas, Bovespa e NY reduzem perda

Mantega diz que "não é possível se sair ileso das turbulências"

O mercado financeiro global teve ontem seu dia mais tenso desde o início da atual crise, em 24 de julho, com fortes oscilações nas Bolsas. O governo brasileiro aumentou o tom de preocupação, depois de vários dias tentando acalmar o mercado. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil "está no olho do furacão" e que "não é possível se sair ileso dessas turbulências".
Após sofrerem quedas consideráveis no início dos pregões ontem, as Bolsas dos EUA e do Brasil ganharam fôlego no fim dos negócios, com investidores atraídos pelos baixos preços de ações de empresas saudáveis. A Bovespa foi uma das que mais oscilaram: no pior momento, caía 8,82%, mas fechou com recuo de 2,58%. Em Nova York, o Dow Jones chegou a cair 2,67%, para fechar em baixa de 0,12%. Mas as Bolsas da Europa e da Ásia não tiveram tempo de se recuperar: Londres caiu 4,1%, e Seul, 6,9%.
O dólar subiu 3,15%, fechando a R$ 2,094, maior valor em cinco meses. Já o risco-país brasileiro, que expressa o grau de desconfiança externa no país, subiu 14,5%. O preço de commodities que o Brasil exporta estão caindo, aumentando as chances de contágio maior da crise financeira na economia como um todo.


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