São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2008

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Lucro de Morgan Stanley e Goldman Sachs no 3º tri supera expectativas do mercado

DA REDAÇÃO

O Morgan Stanley e o Goldman Sachs, os dois grandes bancos de investimentos dos EUA que ainda sobrevivem à crise, tiveram queda nos seus lucros no terceiro trimestre fiscal, mas superaram a expectativa de analistas.
O Goldman Sachs teve um recuo de 71% nos ganhos do trimestre encerrado em 29 de agosto na comparação com o mesmo período do ano passado, a maior queda desde que a empresa começou a negociar as suas ações na Bolsa de Nova York, em 1999. O maior banco de investimento norte-americano lucrou US$ 845 milhões no terceiro trimestre fiscal -ele ganhou US$ 1,24 bilhão mais nos três meses anteriores.
"Esse foi um trimestre desafiador, com uma queda expressiva na atividade de clientes e um declínio na avaliação dos ativos", afirmou, em nota, o presidente-executivo do banco, Llloyd Blankfein. Ele disse ainda que a instituição produziu "uma performance sólida em um ambiente difícil".
Já os ganhos do rival Morgan Stanley recuaram 7,34%, para US$ 1,41 bilhão. A divulgação dos resultados estava prevista para hoje, mas o banco decidiu antecipar devido à crise nos mercados financeiros, procurando diminuir a preocupação dos investidores. "Apesar de condições sem precedentes no mercado, o Morgan Stanley conseguiu sólidos crescimento de receita, lucratividade e retorno sobre o patrimônio neste trimestre", disse John Mack, o presidente-executivo do banco.
O Goldman Sachs e o Morgan Stanley são os dois bancos de investimento dos Estados Unidos que permanecem independentes, e o resultado de ontem era considerado importante para que eles ganhassem um pouco mais de fôlego. Mesmo assim, vários analistas dizem que eles não deverão sobreviver aos próximos meses. O Merrill Lynch e o Bear Stearns foram vendidos, e o Lehman Brothers pediu concordata.
Já o Washington Mutual, que é apontado como um dos bancos comerciais que podem quebrar, teve a sua nota rebaixada pela agência Standard & Poor's. A instituição pode ser adquirida pelo JPMorgan, disse o tablóide britânico "Daily Mail".


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