São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 2002

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PANORÂMICA

COLAPSO

Argentina cede ao FMI e promete reajuste de até 30% para tarifas públicas
O governo argentino teria prometido ao FMI conceder reajustes de 20% a 30% para as tarifas de serviços públicos controlados por empresas privatizadas.
A previsão faz parte do "esboço" de carta de intenção divulgado ontem pelo jornal "Ámbito Financiero" e negociado entre o governo e o FMI na semana passada, em Washington. Até ontem, o ministro Roberto Lavagna (Economia) nunca havia admitido reajustes acima de 10% para as tarifas. O Ministério da Economia informou que Lavagna ainda "não está de acordo" com altas de até 30%.
O "esboço" também mostra que o governo teria cedido em outras áreas e acertado com o FMI metas fiscais e monetárias mais rígidas do que previa inicialmente. A meta para o superávit primário de 2003, por exemplo, subiu de 2,2% do PIB -número que consta do projeto de Orçamento enviado ao Congresso- para 2,5% do PIB.
Já a meta de inflação mostra que o governo deve estabelecer políticas restritas para a emissão de pesos e o controle da cotação do dólar. Segundo o documento, o governo teria prometido que os preços ao consumidor subiriam até 60% em 2002, 35% em 2003 e 5% em 2004.
Na carta, o FMI também reconheceu que o governo recentemente conseguiu alcançar avanços "consideráveis" para estabilizar o dólar e evitar a hiperinflação. (DE BUENOS AIRES)


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