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Alemanha admite que deverá ter déficit acima do limite europeu
DA REDAÇÃO
A Alemanha, maior economia
européia, admitiu ontem que vai
estourar neste ano o limite do déficit estabelecido para os países da
União Européia. Se extrapolarem
a meta fiscal, os alemães desafiam
a credibilidade da disciplina orçamentária para os países do bloco e
ficam sujeitos a penas da Comissão Européia, a instância executiva da UE.
Pelos termos do Pacto de Estabilidade e Crescimento, os membros da UE não podem registrar
déficits superiores a 3% do PIB
(Produto Interno Bruto). Depois
de meses de negativas, o ministro
alemão das Finanças, Hans Eichel, admitiu que o país provavelmente excederá o limite.
"Não acredito que será possível
permanecer abaixo do limite de
3%", afirmou Eichel, em uma entrevista a um canal de TV. "Mas as
medidas que estamos planejando
para o próximo ano nos deixarão
abaixo do limite."
Eichel também disse que o déficit não será tão crítico como em
outros membros do bloco. No
ano passado, Portugal teve um
buraco equivalente a 4,1% do PIB.
Além da Alemanha e de Portugal,
que deverá estourar a meta novamente neste ano, a Itália e a França também enfrentam dificuldades para permanecer dentro da
meta da UE.
Os alemães alegam que tiveram
que ampliar os gastos públicos
neste ano por causa das enchentes, que causaram grandes prejuízos e exigiram obras de restauração. Além disso, a economia permaneceu estagnada, o que reduziu a arrecadação de impostos.
O país que infringe o Pacto de
Estabilidade e Crescimento fica
sujeito a sanções econômicas e
multas. Economistas criticam a
rigidez da política fiscal e monetária, que é a mesma para economias tão distintas como a da Irlanda e a da Alemanha, o que acaba provocando distorções.
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