São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2006

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Crescimento mundial e fusões explicam alta

DA REPORTAGEM LOCAL

A manutenção do alto crescimento mundial e o aumento no volume de fusões e aquisições de empresas estão entre as principais razões para o salto de 29% no IED (Investimento Estrangeiro Direto) em 2005, segundo André Costa Carvalho, diretor-técnico da Sobeet, que participou da divulgação do relatório da Unctad.
Embaladas pela grande liquidez global e pela valorização nos mercados acionários, as fusões e aquisições representaram 78% dos US$ 916 bilhões de IED registrados no ano passado, comparados a 54% de 2004. Os 78% só são inferiores aos 81% do ano 2000, quando o volume de IED bateu o recorde de US$ 1,4 trilhão.
O aumento dos investimentos externos de países em desenvolvimento também ajudou na expansão, a ponto de dar o título do relatório da Unctad: "IED de Economias em Desenvolvimento e em Transição -Implicações para o Desenvolvimento".
A expansão se deve à crescente internacionalização de empresas desses países, principalmente asiáticos, movimento que provocou uma mudança radical na distribuição geográfica de IED.
Nos anos 80, a América Latina e o Caribe respondiam por 67% do investimento externo realizado por países em desenvolvimento e em transição, enquanto a Ásia era responsável por 23%.
Os dados referentes ao ano passado mostram uma inversão das posições: a participação dos asiáticos subiu para 62% e a dos latinos caiu a 25%.
A mesma relação se revela no ranking das cem maiores companhias transnacionais de países emergentes e em transição. Os asiáticos são donos de dois terços das companhias listadas. (CT)


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