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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barro@uol.com.br
Copom vai manter Selic em 11,25%, diz Octavio de Barros
Apesar das notícias favoráveis indicando que haveria espaço para um novo corte de juro, a reunião do Copom de hoje
deverá manter a Selic em
11,25%. O Banco Central deve
fazer uma parada técnica.
A afirmação, uma das mais
incisivas do mercado, consta do
relatório diário do Departamento de Pesquisas e Estudos
Econômicos do Bradesco. "A
nossa maior preocupação é
com a inflação em 2008", diz
Octavio de Barros, diretor do
departamento.
O documento do banco admite que o Copom terá uma de
suas reuniões mais difíceis dos
últimos tempos, já que, se de
um lado tem sinalizado que irá
fazer uma parada técnica na
queda de juros, de outro o momento dessa pausa pode ser
adiado para dezembro, por
conta das notícias favoráveis.
Entre essas notícias positivas, o trabalho do Bradesco lista a queda do dólar, que faz com
que as projeções para a inflação
de 2008 fiquem abaixo das previsões anteriores, o corte de juro nos Estados Unidos acima
das expectativas do mercado
após a última reunião do Copom, e o IPCA de setembro de
0,18%, um resultado considerado baixo pelos analistas.
O ponto principal das discussões do Copom será certamente o forte crescimento da economia. Depois de 18 meses consecutivos de cortes da Selic, o
comitê tem manifestado convicção na continuidade do crescimento dessa demanda. A expansão da renda e do crédito joga ainda mais lenha.
Dessa forma, a equipe do
Bradesco afirma que, ao contrário do que ocorreu na reunião anterior, os fatores externos e internos de influência sobre a inflação voltaram a atuar
em direção opostas.
O cenário externo indica redução do risco sobre a inflação,
e o segundo, em razão do aquecimento da economia, sugere
maiores riscos.
Por isso, o Copom deve optar
mesmo pela parada técnica para minimizar os riscos de se deparar com uma inflação mais
alta a médio prazo e assim ter
de subir os juros.
OFENSIVA
Abilio Diniz aposta todas suas fichas no último trimestre
deste ano para aumentar as vendas do Pão de Açúcar. Serão
inauguradas, nos últimos três meses do ano, 35 lojas, sendo
algumas delas conversões das já existentes (veja acima), um
recorde na história da rede. A expectativa do empresário é
que as novas lojas, localizadas principalmente nas regiões
Sudeste e Nordeste, traduzam-se em aumento de vendas.
"Vamos fazer com que lojas que apresentem dificuldades
possam voltar a ser lucrativas e que todas essas novas lojas
nos ajudem a ter um grande aumento de vendas", diz ele.
JANTAR REAL
Com 16 patrocinadores de peso, sendo quatro bancos, e
mais de 600 participantes, acontece amanhã, em SP, o
jantar de arrecadação de fundos da Childhood Brasil, com
a presença da rainha Silvia, da Suécia. O evento acontece
a cada dois anos, sempre com objetivo de reunir recursos
para os projetos da fundação espalhados pelo país. Criada
em 1999 pela rainha, a Childhood Brasil trabalha pela
proteção da infância, contra abuso e exploração sexual.
Especialista fala sobre educação executiva em SP
A educação executiva pode trazer benefícios se for
bem realizada, com uma estratégia fechada especialmente para as necessidades
da empresa. É importante
que os programas desenvolvam as habilidades identificadas como essenciais aos
funcionários. Do contrário,
será um gasto inútil.
A opinião é do americano
William Kooser, diretor dos
programas de MBA da Universidade de Chicago. Kooser está em São Paulo, onde
faz, hoje, apresentação sobre o Retorno sobre Investimento no Desenvolvimento
do Capital Humano, na Livraria Cultura.
ÀS COMPRAS
A Câmara dos Deputados
decidiu entrar na discussão
sobre o desenvolvimento da
indústria de defesa e transferência de tecnologia nas
compras internacionais de
equipamentos para as Forças Armadas. Haverá, nos
próximos dias, sessão conjunta das comissões de Defesa e de Ciência e Tecnologia, com a presença dos ministros Nelson Jobim e Sergio Rezende. O objetivo é
discutir formas de o governo
estimular o setor e promover desenvolvimento.
PRESENTE
A C&A acaba de lançar um
Cartão-Presente exclusivo
para empresas premiarem
seus funcionários. O plástico
pode ser personalizado com
a marca da companhia, que
define o valor a ser creditado
nos cartões.
PARECE, MAS NÃO É
No mercado de locação de
escritórios classe A, o novo
nem sempre é sinônimo de
mais caro. Levantamento
feito pela Cushman & Wakefield mostra que dos dez
imóveis comerciais para locação mais caros de São Paulo seis foram construídos há
pelo menos cinco anos. É o
caso, por exemplo, dos edifícios San Paolo (Brigadeiro
Faria Lima 2055) e Plaza
Iguatemi Business Center
(Prudente Correa 442), entregues em 1999 e 2002, respectivamente, cujos escritórios são alugados por R$ 100 o metro quadrado -o valor
de locação mais alto registrado na capital paulista.
TABACO
Até o fim de 2007, a Souza
Cruz terá acumulado R$ 7,5
bilhões pagos em dividendos
ao longo de dez anos.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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