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Mais empresas de emergentes entram na lista das cem maiores
DE GENEBRA
Embora continue sob o domínio esmagador de empresas
dos países desenvolvidos, a lista das cem maiores corporações não-financeiras do mundo
começa a admitir gradualmente a entrada de membros que
não estão no clube dos ricos.
É uma ascensão lenta, que o
relatório da Unctad destaca como um indício de que as empresas de países emergentes estão pouco a pouco ganhando
terreno. De 2004 para 2005,
quando foi feita a última revisão do ranking, o número de
multinacionais de países em
desenvolvimento no clube dos
cem subiu de cinco para sete
-seis da Ásia, e a mexicana Cemex.
O topo da lista manteve-se
estável desde 2004, com as cinco primeiras colocações inalteradas: na ordem, General Electric (EUA), Vodafone (Reino
Unido), General Motors (EUA),
British Petroleum (Reino Unido) e Royal Dutch/Shell (Reino
Unido/Holanda).
Entre as cem maiores multinacionais de países emergentes, cujo primeiro lugar é da
Hutchinson Whampoa, de
Hong Kong, aparecem duas
brasileiras, a Petrobras (13) e a
Vale do Rio Doce (18). Esta última, com a compra da mineradora canadense Inco, no ano
passado, foi responsável pelo
impressionante fluxo brasileiro de investimento no exterior
de US$ 28 milhões, pela primeira vez na história maior que
o investimento recebido.
Na opinião de um diplomata
da missão brasileira em Genebra, esse tipo de inversão aparente de valores tem sido usada
por países desenvolvidos para
"graduar" nações como Brasil,
Índia e China, impedindo sua
qualificação como receptores
de ajuda econômica.
"Isso é ilógico, uma vez que
esses países, embora tenham
alguns números de países desenvolvidos, mantêm características de emergentes", disse o
diplomata à Folha, pedindo
para não ser identificado.
(MN)
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