São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2007

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Mais empresas de emergentes entram na lista das cem maiores

DE GENEBRA

Embora continue sob o domínio esmagador de empresas dos países desenvolvidos, a lista das cem maiores corporações não-financeiras do mundo começa a admitir gradualmente a entrada de membros que não estão no clube dos ricos.
É uma ascensão lenta, que o relatório da Unctad destaca como um indício de que as empresas de países emergentes estão pouco a pouco ganhando terreno. De 2004 para 2005, quando foi feita a última revisão do ranking, o número de multinacionais de países em desenvolvimento no clube dos cem subiu de cinco para sete -seis da Ásia, e a mexicana Cemex.
O topo da lista manteve-se estável desde 2004, com as cinco primeiras colocações inalteradas: na ordem, General Electric (EUA), Vodafone (Reino Unido), General Motors (EUA), British Petroleum (Reino Unido) e Royal Dutch/Shell (Reino Unido/Holanda).
Entre as cem maiores multinacionais de países emergentes, cujo primeiro lugar é da Hutchinson Whampoa, de Hong Kong, aparecem duas brasileiras, a Petrobras (13) e a Vale do Rio Doce (18). Esta última, com a compra da mineradora canadense Inco, no ano passado, foi responsável pelo impressionante fluxo brasileiro de investimento no exterior de US$ 28 milhões, pela primeira vez na história maior que o investimento recebido.
Na opinião de um diplomata da missão brasileira em Genebra, esse tipo de inversão aparente de valores tem sido usada por países desenvolvidos para "graduar" nações como Brasil, Índia e China, impedindo sua qualificação como receptores de ajuda econômica.
"Isso é ilógico, uma vez que esses países, embora tenham alguns números de países desenvolvidos, mantêm características de emergentes", disse o diplomata à Folha, pedindo para não ser identificado. (MN)


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